Como falei anteriormente, usamos Aix como base para conhecer alguns lugares e entre eles, Avignon.
Para se
chegar a Avignon, você pode optar pelo trem ou por carro, são apenas 90 km de
distância entre as duas cidades. Não cheguei na época a pesquisar se tem a
opção ônibus. De trem você pode escolher pelo trem normal que parte de várias
estações de Aix. Do centro da cidade, até o centro de Avignon, o percurso
demora cerca de 45 min. Já de TVG (o trem rápido), a viagem dura cerca de 17
min. Pela mínima diferença tarifária, eu optaria pelo trem rápido. De TER (trem
regional), o bilhete custa 6.70 euros por trecho. Já de TVG, o bilhete custa
8.60 euros o trecho.
Nós
optamos por carro. Levamos cerca de 30 minutos até estacionarmos. Como estava
tendo um evento de Teatro, a cidade estava lotada e pegamos um pequeno
engarrafamento. Mais uma vez, estacionamos nos estacionamentos públicos da
cidade. Nossa escolha foi um pertinho do Palácio dos Papas (indicação google
maps).
O nome Avignon vem de 500 A.C e seu principal significado é senhor do Rio, por conta do Rio Rhôde que corta a cidade.
Assim que subimos do estacionamento, nos deparamos
com o nosso objetivo de conhecer Avignon: Palais des Papes (Palácio dos Papas).
Avignon tem mais de 2 mil anos de história e foi
sede do Cristianismo quando virou residência dos Papas no século XIV. O Palácio
foi ocupado até 1414, sendo que em 1376 o Papado já tinha retornado a Roma. Os
que ficaram em Avignon foram considerados anti papais.
O Palais des Papes é um dos 10 monumentos mais
visitados da França e para fazer a visita com calma, são necessárias pouco mais
de 2 horas (foi o tempo que levamos).
O Palácio abriga poucas coisas originais da época
pq ficou por anos largado, sendo alvo de saques e transformado em prisão.
Após anos de restauração, hoje ele está aberto ao público apesar de ainda estar
passando por grandes reformas. Quando visitamos muitas salas estavam em
restauração.
A visita é muito interessante e em todas as salas é possível encontrar informações do que funcionava no local e muitas fotos de como era antes da depredação.
Algumas
salas, onde é possível encontrar por exemplo, azulejos pintados a mão, não é
possível tirar fotos, o que é uma pena, pois foram as salas que achei mais
bonitas.
A visita inclui um áudio guia. Não sei se não
tem em português ou se no dia não estava disponível, mas acabamos optando por
espanhol.
No final da visita, você acaba chegando no topo do
Palais e descobre uma vista muito bonita da cidade e do horizonte.
Do Palais de Papes, fomos em direção a Place de
L`Horloge, ali nos deparamos com o Teatro de ópera, o Hôtel de Ville
(Prefeitura) e com várias opções de restaurantes, porém não conseguimos sentar
em nenhum deles.
A cidade estava absurdamente lotada. Durante cerca
de 3 semana de Julho, a cidade recebe o Festival Internacional de Teatro. Todos
os espaços da cidade são requisitados para se tornarem palcos: átrios, igrejas,
claustros, mas também a garagem ou a caserna dos bombeiros. E junto aos grandes
e pequenos espetáculos, o que mais vi em todos os muros, grades e pelo chão,
foram panfletos colados por todos os lados. A cidade ficou com uma cara feia e
suja.
Por conta
do excesso de pessoas circulando, fomos caminhando por entre as ruelas da
cidade, em busca de outros pontos bonitos para se ver e um lugar mais calmo
para almoçar.
Após a
parada estratégica para o almoço, caminhamos de volta para o Palais de Papes
para visitar a Catedral Notre Dame de Doms, construído na segunda metade do
século XII, sendo completamente abandonada por anos. Reconstruída em 1822, sua
principal "atração", é o mausoléu do Papa João Paulo XXII que morreu
em 1334. A Catedral foi considerada Monumento Histórico em 1840.
Ao lado
da Catedral, fica o parque Rocher Des Doms. Um lugar perfeito para uma
sombrinha e uma garrafa de água gelada (como estava quente neste dia...).
Do parque,
fizemos uma rápida caminhada até o cartão postal de Avignon: a Ponte
Saint Benezet. Você verá apenas a metade da ponte e é isto que a faz tão
famosa.
Assim que você entra na bilheteria é possível
encontrar um museu contando um pouco da história da ponte que de acordo com
historiadores, data do período românico, porém nenhum vestígio foi
encontrado.
Em 1226, a ponte foi praticamente destruída pelas
tropas de Louis VIII e mais tarde foi reconstruída, ganhando uma nova capela
construída acima da antiga capela que resistiu aos ataques.
Porém, a ponte fica sobre o Rio Rhôde que com sua
força, foi causando enormes danos a ponte e os reparos acabaram suspensos em
1668. Com isto, a ponte foi perdendo alguns pedaços e alguns de seus arcos
foram levados pela força do Rio, deixando a ponte na metade, como podemos ver
hoje.
As fotos tiradas em cima da ponte, ficaram
fantásticas e nos dão a visão perfeita da cidade amuralhada e o Palais ao
fundo. Vale demais a visita.
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