quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Cruzeiro - Paradas

Como citei no post anterior, saímos de Cartagena e paramos em Ocho Rios (Jamaica), Montego Bay (Jamaica), Ilhas Cayman, Colón (Panamá).

-> Ocho Rios

Para quem fecha tour pelo Cruzeiro, tem saída prioritária do navio. Depois que todos saem é liberada a saída de quem resolveu fazer passeios por contra própria. Nós seguimos os conselhos de pessoas que já tinham feito várias viagens de Cruzeiro e não fechamos nenhum pacote oferecido (até pq consideramos os preços bem salgados para passarmos basicamente o dia na praia).

Ao sairmos do navio, nos deparamos com uma quantidade enorme de taxistas e vans oferecendo serviços de passeios. Nesta confusão, acabamos fazendo amizade com uma família de Colombianos e após muita negociação, fechamos um tour que contemplava vários passeios e custou 20 dólares por pessoa (crianças não pagaram). Eu não consegui ir onde eu realmente queria, mas também não estava disposta a pagar 100 dólares por pessoa para fazer um passeio.

O tour começou pela Mystic Montain Rainforest. Particulamente, não entendi muito o objetivo deste lugar. Para quem é do Rio de Janeiro, vai se sentir como eu: subindo o Alto da Boa Vista. Vc simplesmente sobe uma estrada, passando pelo meio da floresta e em determinado ponto, a van faz o retorno e volta para o ponto inicial. Não vi nada de espetacular e diferente.



Depois da Mystic Montain, fomos para um local que não lembro o nome, mas que tinha uma vista bem bonita da Ocho Rios Bay Beach. Para quem está em Cruzeiros e quiser aproveitar uma praia em que se possa chegar a pé, esta é a opção.


Saindo de lá, fomos curtir uma praia no restaurante Bamboo Blue. E mais um vez foi meio decepcionante. A praia é linda, porém ficamos em uma espécie de clube limitado entre um hotel de luxo e seu pedaço de praia particular e do outro lado, casas que também tinham a sua praia particular. Ou seja, tínhamos uma faixa de areia enorme para os lados, protegida por seguranças dos dois lados. A faixa de areia em direção ao mar era pequena, sem cadeiras, espreguiçadeiras ou qualquer outra coisa... e um mundo de pessoas que chegavam das excursões de cruzeiros, dos passeios de tour privados e pessoas que foram por vontade própria.






Eu nem entrei na água. Tirei algumas fotos e fui me abrigar em uma sombrinha debaixo de uma árvore. Não tinha como aproveitarmos a praia com tanta gente e "longe" das nossas bolsas.

O local, como diz o nome, é um restaurante, porém a comida não é grande coisas e o valor é bem superfaturado.

Depois de cerca de 3 horas na praia, nosso guia nos levou as compras. Paramos em um centrinho de vendas de jóias e lembrancinhas. Para quem não sabe, Ocho Rios é um centro de compras de jóias com preços mais acessíveis. De nada, dispensamos o guia (o passeio terminaria ali e ele apenas nos levaria de volta ao navio, então preferimos ficar mais a vontade) e voltamos a pé para o navio.



Em Ocho Rios, eu queria ter conhecido o Blue Holy, uma caverna profunda entre as montanhas e possui uma cor azulada maravilhosa. Mas este passeio no navio, custava 121 dólares por pessoa e nenhum dos guias que estavam oferecendo os passeios no porto, levavam até lá. (não um grupo de um casal e 1 criança. Precisaríamos de mais pessoas e os colombianos que fecharam o passeio com a gente, não queriam ir até a Blue Holy).


Algumas das excursões ofertadas pelo Cruzeiro.


-> Montego Bay

Nossa parada em Montego Bay foi a única que fechamos com a equipe de Cruzeiro. Eles ofereceram um City Tour por 20 dólares por pessoa e resolvemos fechar o passeio para não passar stress em "correr atrás de tour".

O passeio não foi bem um City Tour. Eram ônibus e vans que passavam a cada 20 minutos em determinados pontos pré estabelecidos no mapinha que recebemos e vc podia descer e subir quantas vezes quisesse. A maior parte das paradas eram em joalherias, então optamos mais pelas praias.



Nossa primeira parada foi em um shopping de compras. Achei o estilo bem parecido com os outlets dos Estados Unidos (em tamanho bem menor, claro) e lá garantimos algumas lembrancinhas e nossos tradicionais imãs. Não posso afirmar que o preço lá era mais caro ou barato que nos demais lugares, mas como ficamos com medo de não termos outra oportunidade e achei os preços aceitáveis, 
preferimos comprar.






Dali, fomos percorrendo o lugar e acabamos decidindo ficar no Doctor`s Cave Bay. O local é uma espécie de beach club e é preciso pagar para entrar. O valor é de 6 dólares por adulto e 5 dólares a criança. Caso queira barraca de praia e guarda sol também é preciso pagar. Optamos por não alugar nada. Tinha levado toalhas para deitarmos na areia e caso precisasse alugaríamos o guarda sol mais tarde.

Caso queira, tem garçons o tempo todo na areia com um cardápio bem vasto de bebidas e comidas. Se a fome apertar, o beach club também conta com restaurante, duchas e salva vidas.É possível também alugar jet ski, pular nas boias flutuantes e admirar os peixinhos. Do lado de fora você também tem opção de restaurantes, bares.

A praia é simplesmente INCRÍVEL!!!!! Um dos "mares" mais lindos que já vi na vida. Azul transparente, com areia branquinha... perfeição aos olhos de quem olha.

Ficamos lá por umas 3 horas com pena de ir embora.





Outra parada interessante que poderíamos ter feito era no Margaritaville, criado por um cantor americano meio famoso que criou uma cadeia de restaurantes/bares com o nome da sua música mais famosa: margaritaville.

O local é bem legalzinho, porém tem uma pegada mais restaurante com brinquedos infláveis no meio da água. Não vi faixa de areia no local (nas laterais tem, mas vc não pode entrar, são privativas) e achei os "brinquedos" meio radicais para quem estava com criança pequena. 

O margaritaville existem em vários lugares (você pode consultar a lista aqui: https://www.margaritaville.com/dine).

Foto do site https://www.margaritaville.com/dine


De lá pegamos o ônibus de volta e retornamos para o navio. O porto realmente fica bem afastado da cidade em si. (Não só o porto como a distância que se percorre do navio até a saída do porto) então se der, pegue o tour do navio. 


Algumas excursões do navio por Montego Bay



-> Ilhas Cayman


A parada na Grand Caiman foi um tanto quanto emocionante. O navio atraca longe do porto então é preciso pegar um barquinho para acessar o "continente" e eu achei esta parte bem divertida. Ok, demora bem mais para conseguirmos passear efetivamente, mas achei bem diferente. Minha filha não curtiu e sentiu medo.

Navio visto do Porto

Assim que vc chega ao porto, vc encontra uma confusão sem precedentes. Cada empresa de Cruzeiro monta a sua "barraca" para receber os seus passageiros (que compraram passeios) que se juntam ali até serem levados aos ônibus de suas respectivas excursões, mais todas as pessoas que ficam por ali entre as barracas de souvenir e os pequenos stands que também vendem suas excursões particulares. Eu achei uma bagunça e confesso que foi bem complicado conseguirmos comprar uma excursão nas barraquinhas dos locais. Vontade zero de nos atender, pouquíssima receptividade, tratamento frio e confesso que só insistimos pq queria conhecer a tão famosa praia seven miles e queria ter uma visão geral da ilha.

"Barracas" montadas depois do tumulto inicial

Após praticamente implorar atendimento, conseguimos comprar um tour por 25 dólares por pessoa (o da minha filha foi mais barato, mas não lembro o preço).




Entramos na van e começamos o passeio. Achei a ilha com um toque americano muito interessante. Prédios baixos, centros comerciais bem parecidos com os que encontramos na Internacional Drive... uma pena a guia ter passado tão rápido pelas ruas.

Durante o percurso a guia foi nos contando um pouco sobre a ilha que é território britânico. As ilhas Cayman são formadas por 3 ilhas: a Grand Cayman que foi a que percorremos e a que abriga a Capital George Town, a Cayman Brac e a Pequena Cayman ( onde vivem apenas cerca de 200 pessoas). 

Três dos principais atrativos para conhecer a história das Ilhas se encontram em Grand Cayman. O local onde 10 barcos naufragaram em 1974 e onde os turistas podem fazer snorkel e visitar o monumento em memória do acidente, o Casarão de Pedro St James que é um casarão típico do século XVIII e que foi totalmente reformado e o Museu Nacional que oferece visitas guiadas.

Nós chegamos a passar pelo casarão de Pedro St James, mas foi tão rápido que nem deu tempo de tirar foto.

Pelo caminho, tb passamos pela residência oficial do governador (com rápida parada para tirar foto). 


Passamos também pelo chamado "The Town of Hel". O lugar nada mais é que um grupo de formações calcárias na cor preta. Ao lado fica uma lojinha bem bolada com artigos "do inferno". Vc pode pagar para carimbarem seu passaporte com o "visto dos infernos", pode comprar postais do inferno e enviá-los para a sua casa ou comprar souvenir de recordação. A paradinha ali foi de 15 minutinhos, mas o tempo foi bem satisfatório pelo que tem no local.






De lá fomos direto para a loja oficial da Tortuga Rum co. Ltd. onde se vende o Rum, produto super tradicional da ilha e onde se vende a famosa Rum Cake que está presente em quase todos os cardápios de sobremesas de bares e restaurantes. A Rum Cake pode ser encontrada nos sabores tradicionais ou saborizadas nos sabores de café e chocolate.Acabamos comprando algumas para dar de lembrança de viagem e compramos uma de chocolate para nós. A tortinha até que é bem gostosinha e merece ser trazida na mala.





Atras da loja, tem uma vista bem bonita do mar. Vale a pena dar uma pulinho para tirar fotos.



Terminada a visita a loja, fomos ver os golfinhos e ali vc pode escolher o que prefere: De um lado da rua você tem o local para visitar as tartarugas marinhas e do outro lado os golfinhos. Como era de se esperar, a minha filha preferiu os golfinhos e fomos lá vê-los. É possível tirar uma foto com os golfinhos por cerca de 15 dólares e coisas de minutinhos. Caso tenha mais tempo, há outros tipos de atividades como nadar com os golfinhos. Como não tínhamos tempo e já tínhamos vivido esta experiência em Curaçao, optamos só por olhar os bichinhos e rodar pela lojinha.





De lá fomos tomando o rumo de volta para o Porto e foi aí que começou a minha frustração. Eu queria ver a Seven Miles beach. Vi fotos perfeitas desta praia e confesso que só desci do navio para vê-la.  A praia seven miles, recebeu este nome por conta do seu tamanho (praia das 7 milhas), porém hoje seu tamanho foi reduzido e tem "apenas" 5,5 milhas o que dá aproximadamente 9 km. 

A praia é bem no estilo da Doctor`s Cave em Montego Bay. Água azulzinha, areia branca e muitos bares e restaurantes em sua orla. Mas infelizmente a guia se recusou a nos levar até lá. Após a insistência das pessoas que estavam na van, ela deu uma paradinha em um cantinho final da praia, deu 2 minutos para foto e fim. 




Como alguns turistas ficaram meio revoltados, ela levou quem quis para a área da praia mais agitada, deixou eles lá e seguiu caminho. Nós preferimos seguir também. Ela não voltaria para buscar ninguém na praia, seria preciso pegar um táxi que não saberia se iria encontrar (de acordo com ela cobrava 5 dólares por pessoa) e mais uma vez, de acordo com a guia, costumava ter engarrafamentos na ilha, então era preciso sair cedo da praia e se programar bem. Ficamos receosos e fomos passear pela orla perto do porto (onde tomamos chuva), comprar nosso imã e almoçar. Confesso que nem nesta paradinha para deixar os outros turistas, consegui ver a praia. Ela parou em uma área de grande estacionamento e depois vinham os bares e só depois aparecia a faixa de areia branca. 


Museu Nacional



Alguns passeios


-> Colón 

O que falar de Colón ???? Por mim, esta parada poderia muito bem ser deletada de todas as empresas de Cruzeiros.
Para quem não conhece o Canal do Panamá, Colón pode ser a sua oportunidade. Mas como eu já conhecia (passamos 3 dias no Panamá), nem cogitei esta hipótese. Sem falar que o passeio para o Panamá é bem sacrificante e corrido. Não sei se vale bem o dinheiro alto investido.

Bem... aproveitando que estávamos em Colón, resolvemos conhecer as novas eclusas do lado Pacífico inauguradas a pouco tempo.

Pegamos um táxi que estava oferecendo o serviço na saída do porto e o combinado seria o Lago Gatún com as eclusas de Águas Claras e a tal famosa Zona Franca.

Demos uma rodada pelo local onde fica o lago Gatún e logo depois ele nos levou para ver um navio de Cruzeiro fazendo a travessia pelas eclusas águas claras. Eu confesso que esperava algo que encontrei no Canal do Panamá.  Ou pelo menos uma espécie de centro de turistas onde vc poderia avistar todo o processo do alto. Mas não, vimos tudo entre ônibus, grades... Não sei se o local possui um centro de informações, eu creio que sim. Pelo menos, quando cheguei em casa e fui fazer uma pesquisa, vi fotos de uma estrutura enorme, porém não sei se são abertas aos turistas.  De onde estávamos deu para ver?? Deu. Mas não foi aquilo tudo.







De lá fizemos o trajeto de volta atravessando o Lago Gatún de barco (esta parte foi interessante)...

Uma ponte está sendo construída para diminuir a distância entre a cidade e a eclusa. Usamos barco para atravessar na volta (dá para ver o barquinho na foto).

... e logo em seguida, o taxista nos deixou na Zona Franca que mais me pareceu a 25 de Março para os Paulistas ou o Saara para os cariocas (e o Taguacenter para quem é de Brasília). Lugar feio, bagunçado, segurança zero e não achei os preços assim tão interessantes visto que nossa moeda está bem desvalorizada frente ao dólar. 


A maior parte das lojas não são de "marca". Encontrei uma Victoria Secret`s outlet com opções de todos os produtos que ela vende (inclusive lingerie), uma bath body works onde comprei uma vela perfumada para a minha casa por 10 dólares (teria comprado várias outras, mas como são pesadas, fiquei com medo de extrapolar o peso da mala), comprei um tênis por 8 dólares para a minha filha (sem marca... achei fofo e barato) e meu marido comprou um whisky.


De lá voltamos para o navio caminhando a pé e fiquei com medo. Local muito estranho. Estão fazendo uma obra enorme ao lado do Porto onde será um shopping na mesma pegada da Zona Franca e espero que isto melhore a impressão horrorosa que tive do local.

Chegando no porto, pegamos uma fila ENORME para passar no raio x (foi o único raio x que passamos em todos os portos que paramos). A demora é grande, pois todas as bebidas são confiscadas e devolvidas somente a noite dentro do navio e praticamente tudo que se compra, tem que mostrar. Até concordo, vai que alguém comprou uma arma?? rs..... Segurança é tudo.

E este foi meu relato das nossas paradas. Se hoje voltasse a fazer um cruzeiro, mesmo sabendo que os valores cobrados pelos navios é muito salgado, optaria por fazer os passeios com eles. É mais confortável, evita um pouco a muvuca/confusão e talvez não saia frustrada como eu saí de alguns passeios. Seguimos o conselho de uma pessoa bem próxima e que já fez vários cruzeiros na vida, mas realmente não acho que esta seja uma boa opção. Sem falar que vc corre o risco do táxi quebrar o meio do caminho e você perder o navio, por exemplo. (opinião pessoal).

No geral, os passeios foram bem legais. Em alguns fiquei com gosto de quero mais e em outros, dei graças a Deus em voltar para o navio.

Após a parada de Colón, o navio seguiu para Cartagena onde descemos para curtir a cidade por mais 5 dias.