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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Tarragona - Day trip partindo de Barcelona



Localizada a cerca de 1 hora de Barcelona, Tarragona é uma das quatro províncias da Catalunha (Barcelona,Lleida, Girona e Tarragona). Localizada a cerca de 100 km de Barcelona, na conhecida Costa Dourada, a importância de Tarragona vem do ano 218 AC, quando surgiu como um assentamento romano chamado Tarraco e, ao longo dos anos, ganhou prestígio até se tornar a principal cidade do Império na península ibérica.

Os restos da presença romana estão espalhados por onde se olha e sua importância é tão grande que a Unesco em 2000, declarou como Patrimônio Mundial da Humanidade, o conjunto arqueológico de Tarragona.

Chegar na cidade é muito fácil, pois está muito bem conectada por trens que saem das Estações:  Estació de França, Barcelona-Passeig de Gràcia e Barcelona Sants. A viagem de trem rápido dura 52 minutos e no trem devagar, demora cerca de 1 hora e 20 minutos. É possível consultar no site da Renfe os horários que são vários e preços das passagens.

-> Dica importante: selecione como origem “Barcelona” e como destino “Tarragona” (tome cuidado para não escolher “Camp de Tarragona”, que fica longe do centro da cidade)

Como a maioria dos trens não tem lugares reservados, caso vc esteja no sentido Barcelona - Tarragona, escolha se sentar no lado esquerdo do trem para admirar as lindas paisagens da costa.
Assim que saímos da estação de trem, seguimos para a direita em direção a uma enorme escadaria que nos levaria ao nosso primeiro ponto turístico: Balcó del Mediterrani (Balcão do Mediterrâneo). Este é o passeio tradicional dos moradores da cidade e de acordo com a lenda local, tocar o hierro (tocar a grade de proteção do balcão) dá sorte. 

A vista é realmente muito bonita e vale uma paradinha !




Ali pertinho,fica o Antiteatro Romano. Construído no século II D.C, em um espaço onde havia sido uma área funerária, ao lado do mar mediterrâneo. Com capacidade para 14 mil pessoas, o anfiteatro era um lugar onde aconteciam diversos espetáculos populares como as lutas entre gladiadores. No século XI, uma basílica visigótica foi construída no interior do anfiteatro e mais tarde uma igreja medieval. Tudo descoberto graças a inúmeras escavações e muito bem explicado nas placas espalhadas pelo local.






Para entrar no Anfiteatro, você paga 3.30 euros, mas se seu objetivo foi visitar os 4 espaços principais (Anfiteatro, Passeio Arqueológico (Muralhas romanas), Pretori e circo romano e Foro Local romano)  que formam o conjunto arquitetônico declarado como Patrimônio Mundial da Humanidade, indico comprar o ingresso combinado que custa 7.40 euros.

Horário. No verão, o horário do anfiteatro é de terça a sábado, de 9h a 21h. No inverno, o horário é de terça a sábado, de 9h a 19h. Nos feriados, tanto no inverno como no verão, abre de 9h a 15h.
Saindo do Anfiteatro, fomos caminhando em direção ao Circo Romano e ao Pretori, locais aonde visualizei pela primeira vez como foi a Tarraco e o quanto grande foi a cidade.

O Pretori e o Circo romanos são duas construções diferentes e que são visitadas conjuntamente. 


O Pretori é uma grande torre da época romana que mais tarde, no século XII, foi convertido em palácio dos reis da Coroa de Aragão e posteriormente em cadeia.

A parte que circulei em vermelho é a exata parte que restou e a parte que podemos visitar.

A visita é interessantíssima e aconselho a subir até o alto da Torre para ter uma vista panorâmica da cidade. Existe acesso de elevador, mas só estavam permitindo utilizar o elevador quem estivesse com crianças pequenas e em carrinhos, idosos e deficientes. Eu subi de elevador, mas quem for usar a escada... prepare o fôlego. Rs....




Já o circo romano, construído no século I, era o prédio destinado à celebração das corridas de cavalos e carros. Com forma alongada e um comprimento de 325 metros, tinha uma capacidade para 30.000 pessoas. A maior parte da sua estrutura está oculta por baixo de prédios do século XIX, infelizmente. Apesar de ver as maquetes daquele tempo, não consegui identificar onde e como ficava a “pista de corrida”. 




A saída da visita ao Pretori, dá bem em frente a Plaça Del Rei. Dependendo do horário, uma boa opção de local para comer é exatamente aí. São uns 3 ou 4 restaurantes bem indicados em alguns blogs que pesquisei.
 
Como ainda estávamos longe do horário do almoço, seguimos andando por entre as ruas...



 ...e chegamos na Praça onde fica o Ajuntament (prefeitura). Nesta praça vc também encontrará diversas opções de restaurantes.



Entramos no Ajuntament pela porta principal e ao virar a direita, demos de cara  com o Mausoléu de Jaume I, , uma obra do famoso arquiteto modernista Domènech i Montaner. O mausoléu, como temos hoje é um grande memorial construído basicamente em três partes: a base, o sarcófago e copa. . A obra, realizada na primeira metade do século XX, foi finalizada pelo filho do arquiteto, mas nunca chegou a receber os restos de Jaume I. Os restos mortais do monarca voltaram à sua localização original no Monasterio de Poblet, onde também estão os restos de outros reis de Aragão.


Após a visita ao Mausoléu e uma paradinha para o almoço, nos encaminhamos para a Catedral de Tarragona que começou a ser construída no século XII. Fica na parte mais alta da cidade em um lugar já ocupado anteriormente um templo dedicado a do culto imperial romana, uma catedral visigótica e mesquita árabe. A catedral está dedicada a Santa Tecla, a padroeira de Tarragona.




Infelizmente não conseguimos visitar a Catedral por dentro por estar fechada (fomos em um Domingo). Mas por tudo que li e vi por fotos, vale demais a visita.

A catedral abre de segunda a sábado, em diferentes horários ao longo do ano. Fica fechada aos domingos e feriados religiosos. De 17 de março a 15 de junho, de 10h a 19h. De 16 de junho a 14 de setembro, de 10h a 20h. De 15 de setembro a 2 de novembro, de 10h a 19h. De 3 de novembro a 15 de março, de 10h a 17h de segunda a sexta e de 10h a 19h de sábado.

O ingresso para a catedral, que inclui a visita ao templo, o Museu Diocesano e o claustro, tem um custo de 5€ para adultos, 3,5€ para idosos e 3€ para crianças entre 7 e 16 anos.

Contornamos a Catedral para admirar a sua arquitetura e fomos caminhando em direção a oficina de turismo de Tarragona, onde fica a maquete da cidade antiga. 

Horário. No verão, o horário é de segunda a sábado, de 9h às 21h, e os feriados de 9h às 15h. No inverno, o horário é de segunda a sexta, de 9h às 21, e o sábado de 9h às 15h. Fica fechada nos feriados. A entrada é gratuita.


Ali pertinho fica a famosa Carrer del Comte (Pilon`s Street). A Carrer del Comte é o cenário de uma divertida intervenção artística. São 75 postes de ferro, colocados na rua pela prefeitura para que os carros não estacionem nela. Aproveitando estes postes, os artistas da rua resolveram pintar os postes com diversas temáticas. Cada ano, durante o mês de julho, os postes são novamente repintados com novos temas, com a exceção dos dois postes mais votados pelos vizinhos, que são preservados.


Dali fomos andando em direção ao Portal del Roser, uma porta na muralha romana de Tarragona. Ali ao lado, ficava a entrada para as Muralhas de Tarragona.



Visitar as muralhas foi simplesmente incrível. Você começa a pensar em como há tantos séculos atrás alguém conseguiu construir algo tão magnífico. Durante todo o percurso, vc encontrará placas explicando toda a história do lugar e todas as fases pelas quais as muralhas passaram.






Já exaustos de tanto caminhar, seguimos em direção ao Monumento a dos Castellers que fica na Rambla Nova. Os Castell Humans (ou castelos humanos), é uma das tradições mais importantes da Catalunha onde um grupo de pessoas sobem nos ombros umas das outras para formar grandes torres humanas. Em 2010, a UNESCO declarou os castells Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. 


De lá fomos em direção ao nosso último ponto turístico: Fórum de la Colónia, onde pudemos admirar as magníficas colunas romanas que restaram. Por um momento, me senti em Roma.









Depois deste dia intenso de caminhadas, voltamos para a Estação de trem onde embarcamos de volta para Barcelona.

Super indico o passeio a Tarragona, mas vá preparado. Fomos em um dia de muito sol e calor e o passeio acabou não sendo tão agradável devido as inúmeras subidas e descidas.

 Maiores informações:


http://www.catedraldetarragona.com/?lang=pt

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sitges - Bate e volta a partir de Barcelona

Sitges é uma cidadezinha que fica há uns 40 quilômetros de distância de Barcelona e fica na chamada Costa Dourada que compreende várias outras cidades como Tarragona. Este nome Costa Dourada se deve a cor das areias e de suas largas praias.

Conhecida como a cidade branca, devido as suas inúmeras casinhas todas pintadas de branco, Sitges possui 11 praias,um centrinho comercial super charmoso composto por ruazinhas estreitas repletas de lojas, bares e restaurante, famosa por conta do Sitges Film Festivas (festival internacional de cinema da Cataluña) e seu animado Carnaval e por ser o point mais badalado do público LBTG.

A forma mais fácil de se chegar em Sitges partindo de Barcelona é usar o trem. A viagem demora cerca de 50 minutos. Você pode pegar o trem nas estações Passeig de Gracia ou Barcelona Sants.
A linha que leva até Sitges é a R2 e cada 20 minutos sai um trem em direção a cidade.


Bem ao lado da Estação de trem, você encontrará o centro de informações turísticas onde é possível pegar mapas da cidade.

Nosso roteiro de um dia por Sitges, começou pela Carrer Francesc Gumá e Carrer  l'Illa de Cuba. Nestas duas ruas, você encontrará várias construções modernistas que tanto marcaram a Cataluña.





Dalí, fomos caminhando por entre as ruas estreitas...
 



... até chegarmos a Platja de San Sebastiá. Rodeada por restaurantes e uma pequena orla.





Caminhamos pela Orla, seguindo em direção a Ermita de Sant Sebastiá onde tivemos uma bela vista da orla da praia. Dizem que o por do sol de lá é lindo, mas infelizmente por estarmos no verão, anoitece muito tarde, então não ficamos lá para ver.


                                                            Ermita de Sant Sebastiá



Caminhando novamente pela Orla, fomos em direção ao Casc Antic que é o centro histórico de Sitges e que reúne construções a beira mar. No caminho, passamos pelo Museu Cau Ferrat e pelo Museu Palau Maricel, que infelizmente estavam fechados.




No final da pequena caminhada, encontramos a Paróquia Sant Bartomeu i Sant Tecla que fica no alto de uma colina em cima da antiga muralha da cidade.




Fomos caminhando um pouco pelo Passeig de la Ribeira, admirando as praias lotadas que possuem uma infra estrutura bem legal, dispondo de banheiros químicos, duchas, aluguel de espreguiçadeiras, guarda sol e etc...bem diferente das praias de Barcelona.







Paradinha rápida para almoço, nos perdemos um pouquinho pelas ruas atrás de nossos tradicionais imãs que marcam todas as nossas viagens e depois seguimos em direção aos outros pontos turísticos a serem conhecidos.






A primeira paradinha que foi somente para fotos, foi no Ajuntament de Sitges (prefeitura) e a Casa Bacardí. Eu queria demais visitar a casa Bacardí, mas como estava com criança pequena e como a visita inclui aprender a fazer o seu próprio drink, não daria para curtir isto com uma criança pequena para cuidar sozinha.

                                                                        Prefeitura

A Bacardí foi criada em 1862, em Santiago de Cuba, pelo Facundo Bacardí Massó que nasceu em Sitges e que imigrou para Cuba em 1830. Facundo foi o típico imigrante que fez de tudo um pouco até conseguir fabricar o seu próprio rum e montar uma mega empresa. A Bacardí é a maior destilaria de rum do mundo. Atualmente, a sede se encontra em Porto Rico, para onde se mudou depois da Revolução Cubana.

A visita consiste em conhecer a história da marca, do seu fundador e como o rum é fabricado. No final, você aprende a fazer o verdadeiro Mojito e o tradicional Cuba Libre. A visita custa 9 euros por pessoa e na alta temporada é aconselhável fazer reserva no site. AQUI. Na hora da compra, você pode optar pela visita guiada em espanhol ou inglês.

 
Para finalizar nosso tour, fomos atrás das Casas dos Indianos. 


"O termo indianos é usado para designar os espanhóis que emigraram para as “Índias” (no caso, a América), e voltaram para sua cidade de origem depois de ter juntado uma grande fortuna. Uma das formas que os indianos encontraram para mostrar para todo mundo seu novo status social foi através da construção de grandes mansões, as tais Casas de Indianos. Elas podem ser vistas em vários endereços de Sitges. De novo, aproveite o mapa El llegat dels Americanos oferecido pelo escritório de turismo para ajudar na localização das casas mais importantes. A maioria fica concentrada no pedaço de Sitges entre a estação de trem e o mar. O indiano mais famoso de Sitges foi Facundo Bacardí, que em 1862 fundou a famosa marca de rum."  (info retirada do blog passaporte BCN).





Foi um dia super interessante e recomendo demais a visita a Sitges. Nosso passeio foi um day trip, mas há quem opte por passar um final de semana para curtir as praias. Como nosso objetivo foi só passear mesmo, algumas horas na cidade, nos bastaram.



- > Sitges Festival - acontecerá este ano (2016) de 7 a 16 de Outubro.
   Maiores informações: http://sitgesfilmfestival.com/

-> http://www.visitsitges.com

-> http://www.passaportebcn.com/sitges/