quarta-feira, 10 de julho de 2019

Munique - Parte 2


Nosso segundo dia começou exatamente da Praça Marienplatz. Saímos do hotel bem cedo para aproveitarmos as ruas mais vazias.

Da Praça, fomos caminhando pela rua Dienerstraße, passamos por um prédio de fachada amarela, que é o tradicional café Dallmayr (em frente, deveria ter um parque com um belo gramado, mas estava tudo destruído e em obras).




Logo a frente, chegamos na Praça Max-Joseph. Nesta praça ficam boutiques e restaurantes chiques, mas o que chama mesmo a atenção de quem não frequenta estes lugares sofisticados é o lindo prédio da Ópera da Baviera (Nationaltheater) e o palácio real Münchner Residenz, onde residiram diversas gerações da família real do antigo império da Baviera.

 Münchner Residenz

 Ópera da Baviera (Nationaltheater)


Seguindo pela rua Residenz, chegamos na praça Odeonsplatz, que é marcada pela tentativa de golpe de estado de Hitler em 1923 (Hitler Putsch). O destaque da praça é o monumento Feldhernhalle (Pórtico dos Marechais) e a Igreja dos Teatinos (Theatinerkirche).


 (Pórtico dos Marechais)

 Igreja dos Teatinos (Theatinerkirche)



Bem próximo, fica o Hofgarten, (parque que fica junto ao Münchner Residenz),um parque italiano renascentista que foi construído para homenagear a Deusa Diana.






Após rodarmos um pouco o parque, caminhamos em direção ao o Eisbach, um ponto bem exótico na cidade, onde acontece, em todas as estações do ano, a prática de surf em um canal artificial no meio da cidade.



No caminho para o Eisbach, passamos pela Chancelaria da Baviera (um belo prédio) e pela casa da cultura e arte (Haus der Kunst).


Chancelaria da Baviera


Como já estávamos chegando perto do meio dia, resolvemos caminhar de volta para a Praça Marienplatz. Queríamos assistir o Glockenspie.

Após a “apresentação”, atravessamos a construção da antiga prefeitura (Altes Rathaus) e seguimos para Hofbrauhaus, ou HB para os mais íntimos, a cervejaria mais popular e conhecida aqui em Munique e que fica lotada de turistas de Segunda a Segunda. Fundada em 1589 pelo Duque William V da Baviera apenas para a realeza, somente em 1828 a cervejaria foi aberta ao público. Durante a Segunda Guerra, o local ficou completamente destruída sendo reconstruída em 1958.

No salão principal tem uma banda que toca o tempo todo músicas tradicionais, vestidos também a rigor! E de tempos em tempos, eles tocam a famosa Ein Prosit, ein Prosit der Gemütlichkeit (um brinde ao aconchego!) e todos levantam os seus canecões e brindam juntos! Nós não chegamos a participar do brinde porque preferimos sentar do lado de fora (no jardim).

A cervejaria HB possui um salão no segundo andar, que tem uma espécie de pequeno museu, contando através de fotos e objetos, a história da cervejaria e fatos importantes que aconteceram por lá.

Na HB é possível degustar a cerveja tradicional clara (chamada Original ou Helles), a de trigo (chamada Weißbier) e a escura (de malte, chamada Dunkel). Há também cerveja sem álcool e cerveja light (a Weiße leicht), que tem o teor alcóolico reduzido. Além das cervejas é possível se deliciar com os pratos típicos da região como o joelho de porco, as diversas salsichas, a salada de batata (divina) e as mostardas escuras.








Endereço: Platzl 9, Munique
Horário de funcionamento: diariamente, das 9h às 23h30


Após o almoço, caminhamos em direção ao Viktualienmarkt, um mercado de fazendeiros da região, que funciona desde o século 19 e que oferece de tudo: produtos orgânicos e frescos, flores, mel, carnes, petiscos, pratos típicos da região e etc. Junto ao mercado, há um dos tradicionais Biergarten (que ficam fechados durante o inverno). Quando chegamos lá, estava absurdamente lotado. No meio do Biergarten, fica o Maibaum, (em português, árvore de maio), um enorme maestro nas cores azul e branca.






Se preferir, outra opção de lugar para comer é a tradicional rede Eataly. Um espaço enorme com mais de 4.000 m² e composto por 16 estandes.

Horário de funcionamento:

Restaurantes: segunda a domingo, das 11h30 às 16h e das 18h às 22h30
Café Illy: segunda a domingo, das 7h30 às 23h
Restaurante La Piazza: segunda a domingo, das 11h às 23h

Saindo deste local, caminhamos em direção a Peterskirche (Igreja de São Pedro), a Igreja mais antiga de Munique e que possui um mirante na sua única torre de 92 metros de altura. Para chegar lá em cima, é preciso subir 350 degraus. É cansativo, mas a vista compensa. (São 5 euros para subir).






Já exaustos, caminhamos rumo a última programação do dia: visitar o palácio real Münchner Residenz.

No total, é possível conhecer três partes do palácio: o Museu Residenz, a Casa do Tesouro Real e o Teatro Cuvilliés. A visita é longa, então separe algumas horas do seu dia, caso deseje visitar as 3 áreas do museu.














sexta-feira, 5 de julho de 2019

Munique - Parte 1


Saímos de manhã cedo de Leipzig e em pouco mais de 3 horas chegamos em Munique. Era quase hora do almoço, então da Estação Central, deixamos nossas malas no hotel e seguimos em busca do que comer
.
Mas antes, é preciso fazer uma observação extremamente importante: Muitas pessoas (amigos) e muitos blogs, indicam hospedagem perto da Estação Central de Trem. Realmente a gama de hotéis na região é realmente muito boa e os preços são interessantes em relação a outros cantos da cidade, mas não confie nos amigos como eu. A região é péssima. Sujo, feio, muita prostituição, boates, narguilê e muitos árabes olhando de forma estranha para você (caso seja mulher). Não teve um dia sequer que eu tenha saído a noite do hotel, tamanho o medo que eu fiquei por mim e pela minha filha. E convenhamos, eu sou carioca e acostumada a violência, por isto posso afirmar que em poucos locais senti tanto medo quanto naquela região de Munique. Então, podendo escolher, não fique nos arredores da Estação.

Nosso passeio começou pela praça Karlsplatz-Stachus, onde tem um dos portais medievais mais conservados da cidade, o Karlstor (portal de Carlos). Do outro lado da calçada, é possível ver o Palácio da Justiça. Na Praça, há uma passagem subterrânea com diversas lojas e restaurantes, além de ser acesso a todas as linhas de trem e metrô.


Palácio da Justiça

Karlstor (portal de Carlos)

Seguindo pela rua Neuhauser (ou pela Kaufinger), você vai encontrar o maior comércio de rua da cidade (na Neuhauser você encontra uma Disney Store que faz a loucura da criançada).


Um pouquinho mais a frente, fica a Igreja de S. Miguel (St. Michaelkirche) que é o maior templo jesuíta da Baviera e onde está o corpo do famoso rei Luis II (responsável pela construção de diversos castelos na Baviera, inclusive o Neuschwanstein).




Mais adiante você irá se deparar com mais uma igreja, de torres altas e cúpulas esverdeadas, um dos grandes símbolos da cidade – a Frauenkirche (igreja das mulheres).



Dentro da Frauenkirche, ficam dois destaques, o Mausoléu do Imperador Ludwig IV da Bavária, que está logo na entrada, no lado direito e bem em frente a porta de entrada principal, a “Pegada do Diabo” (Teufelsschritt) que segundo a lenda, diz que o Diabo tinha proibido os arquitetos da igreja de construírem janelas. Fato é que, as janelas existem, mas as colunas foram construídas de tal forma, que ao ficar parada na “Pegada do Diabo” parece que a igreja não tem janelas, pq não dá pra ver nenhuma. (nós rodamos a Igreja inteira atrás da tal pegada e não encontramos. Como uma parte da Igreja estava interditada para obra, creio que a pegada esteja exatamente nesta área).


Andando mais uns 2 minutinhos, encontramos o principal cartão postal da cidade, a Praça Marienplatz que é considerada a praça mais antiga da cidade. É nesta praça que fica que é a sede da prefeitura de Munique, o Neues Rathaus. . Diariamente às 11 h e ao meio dia há um espetáculo na sua torre principal – o Glockenspiel, um conjunto de sinos que tocam e bonecos que se movem durante a música, representando momentos na história da cidade. A “apresentação” dura cerca de 10 minutos. Para quem for no verão, é possível assistir também às 17h.






No centro da praça, fica a Coluna de Maria, uma estátua da Virgem Maria totalmente feita de ouro. Ela foi construída para comemorar o fim da ocupação da Suécia durante a Guerra dos 30 anos. Fotos da Coluna sem uma multidão de gente em volta, só se você acordar cedinho (e foi exatamente o que fizemos no dia seguinte da nossa chegada. As fotos ficam bem mais bonitas e interessantes sem uma multidão de adolescentes sentados pelo chão).


Após algumas fotos, jantamos e fomos para o hotel descansar. Como falei acima, não quis voltar a noite para os arredores da Estação.