San Sebastián foi um destino que apareceu nos nossos planos
meio que por um acaso. Em conversa no trabalho, com marido relatando nossas
andanças pelo território espanhol nos finais de semana, sugeriram a ele
conhecer essa cidade, na qual ele provavelmente iria encantar. E de fato, ela é
tida por muitos como uma das cidades mais bonitas da Espanha, e como tínhamos
curiosidade de conhecer o País Basco, até por conta da sua história recente, e
nos disseram que não havia mais perigo, resolvemos nos aventurar por lá.
San Sebastián é, junto com Bilbao e Vitória, uma das três capitais de província do País Basco. O País Basco é histórico e mundialmente conhecido pelo terrorismo do grupo ETA (comunidade autônoma dentro da Espanha) e é formado por sete regiões tradicionais: quatro compõem Hegoalde (parte espanhola, dividida entre as províncias de Guipúscua, Biscaia, Álava e Navarra) e três compõem Iparralde (parte francesa, composta pelas províncias de Basse-Navarre, Labourd e Soule).
O nome dessa cidade em euskera (língua basca) é Donostia, termo frequentemente observado por lá. Fomos de trem a partir da Estação Barcelona Sants, com uma expectativa de chegada em cinco horas e meia em um trem tido como rápido, mas que mostrou uma decepção. Em poucos momentos conseguiu andar a uma velocidade razoável, ficando em muitos instantes parado no meio do nada, provavelmente dando preferência a outros trens. Para contornar a situação, a companhia informou a partir de uma estação de que o trem iria direto para San Sebastián e seguiria para Bilbao, e quem desceria nas estações anteriores a San Sebastián teria de saltar e pegar um outro trem que seria disponibilizado.
Enfim, após uma longa viagem que deve ter durado umas seis horas e meia e cansados, fomos direto para o hotel já que a noite reinava. A estação de trem em San Sebastián é muito bem localizada, estando localizada na área turística, de maneira que saímos andando em direção ao hotel, que não estava tão longe. Nossa opção de hotel foi o Welcome Gros, simples, mas muito bem localizado.
San Sebastián é, junto com Bilbao e Vitória, uma das três capitais de província do País Basco. O País Basco é histórico e mundialmente conhecido pelo terrorismo do grupo ETA (comunidade autônoma dentro da Espanha) e é formado por sete regiões tradicionais: quatro compõem Hegoalde (parte espanhola, dividida entre as províncias de Guipúscua, Biscaia, Álava e Navarra) e três compõem Iparralde (parte francesa, composta pelas províncias de Basse-Navarre, Labourd e Soule).
O nome dessa cidade em euskera (língua basca) é Donostia, termo frequentemente observado por lá. Fomos de trem a partir da Estação Barcelona Sants, com uma expectativa de chegada em cinco horas e meia em um trem tido como rápido, mas que mostrou uma decepção. Em poucos momentos conseguiu andar a uma velocidade razoável, ficando em muitos instantes parado no meio do nada, provavelmente dando preferência a outros trens. Para contornar a situação, a companhia informou a partir de uma estação de que o trem iria direto para San Sebastián e seguiria para Bilbao, e quem desceria nas estações anteriores a San Sebastián teria de saltar e pegar um outro trem que seria disponibilizado.
Enfim, após uma longa viagem que deve ter durado umas seis horas e meia e cansados, fomos direto para o hotel já que a noite reinava. A estação de trem em San Sebastián é muito bem localizada, estando localizada na área turística, de maneira que saímos andando em direção ao hotel, que não estava tão longe. Nossa opção de hotel foi o Welcome Gros, simples, mas muito bem localizado.
De posse de mapa, fornecido pelo hotel e considerando sua
localização, adaptamos nossa rota. Começamos passando pela Plaza Euskadi,
atravessamos a Puente de Santa Catalina e nos deparamos com a Plaza de España.
San Sebastián cresceu em volta de um rio, no caso o Rio Urumea, e para integrar
a cidade existem várias pontes, sendo as três primeiras perto do litoral uma
atração à parte por sua ornamentação.
Dali fomos em direção a Plaza Gipuzkoa, que destaca-se pela
presença de um pequena pérgola meteorológica com a bandeira basca, um laguinho e
um grande relógio feito de flores de diferentes cores. Em frente à praça
encontraremos a sede do conselho regional de Gipuzkoa, que foi construído em
1885 pelo arquiteto José de Goicoa.
Seguindo em uma linha reta fomos em direção a Prefeitura
(Hotel de Ville), que fica localizada no Parque Alderdi-Eder. A construção, junto
à Praia de La Concha, data de 1897 para servir como cassino, passando a abrigar
a prefeitura da cidade a partir de 1947. Na frente da prefeitura há uns brinquedos
infantis, como um antigo carrossel, que faz a felicidade dos pequenos.
Ali já temos um grande visual da Praia de La Concha, que
será explorada no dia seguinte. Nesse dia, seguimos na direção oposta, percorrendo
a Alameda del Boulevard até chegarmos ao Mercado de La Bretxa. Esse, um
tradicional mercado, reformado e modernizado, que hoje conta com lojas no andar
de cima, como um shopping, e bancas de venda de alimentos, distribuídas em dois
prédios. Vale muito a pena descer até o subsolo para dar um passeio pelas
bancas de peixe e entender melhor a razão do extraordinário sucesso da
culinária basca, baseada em matéria-prima saída do mar e de primeiríssima
qualidade (fecha aos domingos).
Do mercado, adentramos a na denominada Parte Vieja da
cidade, indo em direção a Plaza de la Constitución, palco de celebrações
cívicas na cidade. Essa praça foi construída em 1689, mas com os saques das
tropas anglo-portuguesas foi totalmente destruída. Foi posteriormente
reconstruída pela prefeitura, que vendeu os apartamentos ao redor da praça mas
manteve o direito sobre os balcões que alugava durante as touradas que
aconteciam nela. É por isso que se pode ver números em cima das sacadas de cada
apartamento, já que eram os lugares vendidos para assistir as touradas.
Seguimos em direção ao pequeno porto para admirarmos o que
estava para ser descoberto e a arquitetura do local e retornamos pela rua de
trás para passarmos pela Igreja de Santa Maria (Calle 31 de Agosto, 46), a
igreja mais emblemática de San Sebastián, construída por volta de 1743. Um
pouco mais a frente, fica a Igreja de San Vicente (Calle San Vicente, 3), erguida
entre os séculos 15 e 16 no estilo gótico, e dentre seus destaques está o altar
construído em 1586, que mostra cenas do sofrimento e morte de Cristo.
Igreja de Santa Maria
Igreja San Vicente
Até a essa hora as lojas de rua estavam quase todas
fechadas, parecia cidade fantasma com poucos turistas. Como ainda era
relativamente cedo, resolvemos subir o Mont Urgull, que seria um passeio um
pouco mais demorado. Fomos então para a Plaza de Zuloaga, onde há uma escadaria
ao monte, inclusive com sinalização. Nessa praça também fica o Museu San Telmo,
relatado mais adiante. Além dessa escadaria, identificamos uma outra somente
perto do pequeno porto, que fica um pouco escondida. O nosso roteiro até aqui
pode ser visualizado abaixo:
A subida é relativamente tranquila, sempre em rampa. Do alto
do Monte, se terá um panorama da cidade, podendo se observar as 3 principais
praias da cidade: à esquerda a de Zurriola, e à direita, La Concha e adiante a
de Ondarreta; bem como a entrada do Rio
Urumea. Passará por canhões, fortalezas, cemitérios, que revelarão a
importância estratégica do Urgull. No alto, poderá entrar no Castillo de la
Mota, que apresenta em sua entrada uma grande escultura do Sagrado Coração,
avistada de longe ao longo do litoral de San Sebastián.
E depois de muito subir com diversas paradinhas para admirar
o visual, avistamos a escultura do Sagrado Coração, indicando mais adiante o
Castillo de la Mota. A entrada no castelo é gratuita, sendo pago somente a
subida em parte da estrutura da escultura, que considerei não ser tão
interessante e por isso não fui.
Desça em direção ao Paseo Novo, ou seja, para o calçadão que
margeia o Mont Urgull, o separando do Mar Cantábrico. Na descida, tome cuidado,
pois muitos pontos são um pouco escorregadios, inclusive com limo. Ao descer,
vá primeiramente para a esquerda e admire a escultura Construcción Vacía, premiada
na Bienal de São Paulo.
A essa altura já era hora de almoçar. Poderíamos ter
continuado à esquerda em direção ao pequeno porto, mas maravilhados pela ondas
batendo nas pedras resolvemos contornar o Monte indo pela direita ao longo do
Paseo Novo.
Após, o percurso que também margeou a entrada do Rio Urumea,
voltamos a Parte Vieja para almoçarmos, e nos deparamos com um ambiente
totalmente diferente. Ruas e restaurantes lotados, pessoas comendo em pé na rua
em volta de uma mesa, conversando e fumando. Enfim, fomos apresentados aos pintos.
No País Basco, esses tira-gostos costumam ser apresentados espetados em um
palitinho (ou “pintxo”, daí o nome). Os restaurantes nessa parte da cidade são
um autêntico espetáculo, cada um com um tipo diferente, e fica muito difícil
resistir à tentação de entrar em todos os bares que aparecem no caminho, sempre
exibindo um delicioso balcão coberto de iguarias. Os pintxos são cobrados por
unidade, cada grupo com um preço específico, por isso pergunte para não tomar
um susto depois, já que apesar da concorrência não são tão baratinhos. E para
acompanhar é comum uma taça de vinho. No final, a pessoa que fica no balcão
cobra pelo que você comeu, e não sei como consegue decorar exatamente o
consumido por cada um. Pelo menos o meu foi cobrado à risca.
Depois do almoço nos dirigimos novamente a Plaza Zuloaga,
mas dessa vez para visitar o Museu San Telmo. Nele, será possível conhecer a
história, cultura e os modos de vida do povo basco. A entrada é 6 euros e eles
não te deixam ficar de mochila, encaminhando a um consigna em que a moeda é
devolvida ao sair. No museu são apresentadas obras de arte de artistas e
inventos da região, uma igreja integrada ao museu, o modo de viver do povo
desde o início do povoamento, mas o mais interessante foram a singularidade
quanto as peças funerárias, como as lápides, e os turbantes usados pelas
mulheres, em que cada formato significava tanto seu estado civil (casada ou
viúva) assim como sua localidade de origem e poder econômico.
Dali nos dirigimos a caminho
do hotel, mas antes, dando uma passada para tirar fotos do Teatro Victoria
Eugenia, do Hotel Maria Cristina, da Plaza Okendo, localizada entre os dois. O
Hotel Maria Cristina é o mais famoso da cidade, inagurado em 1912, e nele se
hospedam as estrelas do cinema que visitam Donostia durante a celebração do Festival
de Cine de San Sebastián, que durante décadas ocorreu no teatro ao lado.
Voltamos um pouco pela
margem, para passarmos pela primeira ponte, Puente de Zurriola, e logo a sua
frente na margem oposta se localiza o Palais de Congres Kursaal. É um moderno
palácio de congressos e auditório, desenhado pelo arquiteto espanhol Rafael
Moneo e inaugurado em 1991, situado onde antigamente estava o Gran Kursaal
Marítimo de San Sebastián. O arquiteto desenhou dois grandes cubos de vidro que
ficam iluminados à noite. Após o palácio de congressos está a Praia de
Zurriola, que resolvemos percorrê-la até final, onde se encontra a escultura La
Paloma de la Paz, que avistávamos ao longe, do escultor basco Néstor Basterretxea,
em homenagem contra a violência.
Nosso roteiro após descida do
Mont Urgull segue abaixo
Depois de muito andar,
voltamos ao hotel para descansar um pouco e comer fazer um lanche dos doces
locais que havíamos encontrado em confeitarias da Parte Vieja, mas ainda assim,
demos um fugidinha a noite para uns registros da iluminação da cidade pela
noite.
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