A partir
de Nice, você uma infinidade de lugares para conhecer e um dos escolhidos e
mais aguardados por mim era Mônaco.
Minha
ligação com a cidade, vem da F1. Dos Domingos em que assistia aos grandes
prêmios junto com meu avô e torcia para que o Airton Senna ganhasse. Mônaco
sempre foi um dos circuitos mais bonitos (minha opinião pessoal) e caso um dia
eu pudesse estar ali, seria fácil visitar e identificar os principais pontos da corrida por ser um circuito de rua.
Mônaco é
o segundo menor país da Europa só perdendo para o Vaticano e possui pouco mais
de 2 km de extensão.
O mais
comum é chegar na cidade de carro. O passeio entre Nice e Mônaco é bem bonito e
passa pelas famosas corniches (estradas ao lado de montanhas) com paisagens
deslumbrantes. Você pode escolher chegar a Mônaco, saindo de
Nice, por uma das três Corniches: Grande, Moyenne
ou Basse.
A Grande
Corniche e a estrada mais antiga e mais alta, com uma vista maravilhosa do Mar
Mediterrâneo. A estrada é bem sinuosa e passa pertinho da Riviera Italiana.
A Basse
Corniche segue até Mônaco sempre passando ao lado do mar, porém no alto verão é
a estrada mais engarrafada entre as 3 opções citadas acima.
A Moyenne
Corniche é a opção mais rápida e sem pedágio, porém também fica engarrafada na
alta temporada.
Para os
que como eu não curtem engarrafamentos e problemas para estacionar carro, outra
opção é usar o trem. Em alguns trechos vemos uma paisagem de fazer nossos olhos
brilharem e dá vontade de descer em todas as estações e curtir o que aquele
cantinho tem para nos oferecer. Mas como o foco era Mônaco e só tínhamos um
dia...
O trem em
Nice sai da estação Nice Ville, todos os dias, a cada 30 minutos e o último
trem sai às 23 horas e o percurso entre Nice e Mônaco demora cerca de 20
minutos.
Eu não
vou negar que esperava trens um pouco melhores. Vagões bem antigos e completamente
lotados. Uma mistura de homens engravatados com um galera carregando boias para
a praia. Porém como o percurso era bem rapidinho, não senti grandes problemas.
A
“cidade” é composta por 4 “bairros” – Mônaco Ville, Condamine, Monte Carlo e
Fontvieille. E apesar de ter apenas 2 km de extensão, não se engane, a cidade é
muito íngreme e é extremamente cansativa (principalmente no verão onde o calor
é surreal) com tantas subidas e descidas. Por conta disto, existem 12
elevadores espalhados pela cidade que ajuda a subir e descer de vários pontos.
Não exite em usá-los.
Logo na
saída da estação de trem, tem um quiosque com informações turísticas. O
aconselhável é que vc pegue o mapa e perca alguns minutinhos traçando sua rota
e marcando os elevadores que vão ajudar vc nesta tarefa de percorrer a cidade.
Por esta foto dá para ver a "altura" da estação de trem
Nós
acabamos indo junto com a massa que saiu do metrô e pegamos a direção errada.
Em todos os blogs que li, o mais indicado é começar o passeio em Mônaco Ville
que é o ponto mais elevado e mais longe. Nós fizemos justamente o caminho
contrário e acabamos perdendo a troca de guarda acontece todos os dias às
11:55 horas em ponto. Fica para uma próxima oportunidade.
Nosso
passeio começou descendo até Monte Carlo, quando nos deparamos com o Hotel Hermitage, o
ponto preferido das celebridades que desfilam com seus carrões por ali. O hotel
é ainda mais lindo e charmoso do que via durante as transmissões de corrida de
F1. Praticamente ao lado,demos de cara com as famosas grifes que fazem a cabeça
das milionárias: Chanel, Elie Saab, Dior, Miu Miu, Prada, Bottega Veneta,
Rolex e por aí vai.
Seguindo
em frente, chegamos a tão famosa Place Du Cassino e como o próprio nome diz, é
ali que fica o famoso Cassino de Monte Carlo. Só de entrar no saguão você já
consegue ter uma ideia do quão luxuoso é o lugar. Belíssimo. Por 10 euros, é
possível visitar o saguão e 3 salões de jogos que ficam abertos aos visitantes.
Durante o dia, você pode entrar com a sua roupa de turista sem problema algum
(rs.....) e só poderá guardar imagens do local na sua memória pq é proibido
tirar fotos do lugar.
Ao lado,
fica o Café de Paris fundado junto com Mônaco em 1868, com uma construção
maravilhosa da Belle Epoque. Pensei em sentarmos ali é tomarmos um café, porém
o local estava absurdamente lotado e com fila do lado de fora. Então deixamos
também para uma outra oportunidade.
Seguimos
então para os jardins do Cassino (olhando de frente para o Cassino, siga para a
esquerda, contornando o prédio) e ali meu coração saltou. Demos de cara com a
famosa curva de Airton Senna. Foram minutos de olhares e recordações passando rapidamente
pela minha cabeça, dezenas de fotos para não perder nenhum detalhe e muitos
suspiros.
Fomos
descendo a curva a pé e nos deparamos com mais outro ponto icônico da minha
infância: O túnel onde os carros ultrapassam a 270 km/h durante a corrida.
Tiramos algumas fotos e seguimos em direção ao ponto mais longe desta nossa primeira parte do roteiro: O monumento em homenagem a Princesa Grace. No caminho,
passamos pelo The Champions Promenade que nada mais era do que uma calçada da
fama com vários jogadores famosos.
Monumento a Princesa Grace
Tiramos algumas fotos da praia e invejamos quem estava curtindo aquela
água paradinha. Após tirarmos foto no monumento (que eu esperava ser maior e mais imponente), pegamos o caminho de volta em direção ao Jardim Japonês. Um lugar muito gracinha,
onde paramos para dar uma descansada debaixo de uma bela sombra, pois o dia
estava muito quente.
Dali, travessamos o famoso túnel a pé e nos deparamos
com o porto e seus milhares de iates incríveis ancorados. Fomos admirando
(babando) todos. Nesta área você encontra muitas opções de restaurantes e
bares. Se estiver na hora do almoço, é uma boa pedida.
Caminhamos
até encontramos um elevador público (o primeiro que usamos até este momento do
percurso por não ter encontrado nenhum outro. rssss) e enfim chegamos ao
(literalmente) ponto alto do passeio: Mônaco Ville.
A principal atração do local é o Palais Princier (Palácio do Príncipe). É possível visitar o palácio por dentro e seu museu com lembranças napoleônicas. Na época a visita custava 8 euros e era com horário agendado.
Saindo o
Palácio (que possui uma vista belíssima do principado), fomos percorrendo as
ruelas em direção Catedral San Nicholas. Construída em 1875 é ali onde estão
enterrados os restos mortais de Grace Kelly.
Seguindo
mais a frente, encontramos o Museu e Instituto Oceanográfico que dizem ser
muito interessante e bonito, com 90 aquários onde se realizam diversas
pesquisas. Porém, neste momento o fôlego já estava acabando e preferimos não
entrar.
Fomos
descendo montanha abaixo até voltamos novamente ao porto.
Seguimos em direção a Église Saint Dévote. Ao lado desta Igreja, é possível alcançar também a estação de trem de Mônaco/Monte Carlo através de um elevador para levá-lo de novo à parte alta da cidade.
E assim
terminou nosso passeio. Exaustos devido ao enorme calor e a falta de árvores e
sombras pela cidade.
E aqui
vai um conselho valioso: se puder evitar conhecer Mônaco fora do alto verão, dê
preferência. Acredito que eu teria curtido muito mais o local e teria conhecido
muito mais coisas se as temperaturas estivessem mais amenas.
Nosso roteiro através do google maps
Esta segunda parte, não é possível visualizar direito o caminho, pois o mapa não mostra o elevador. Ele traça o caminho como se tivéssemos feito tudo a pé. Mas dá para ter uma ideia geral.
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