Leipzig sempre foi conhecida
como um lugar de comércio, e ainda hoje tem grandes feiras e salões de
exposições na parte norte da cidade. Hoje, a cidade é um dos destinos
turísticos mais importantes da Alemanha Oriental, graças a sua rica herança
cultural e musical. Os compositores Bach, Wagner, Schumann e Mendelssohn
viveram em Leipzig entre os séculos XVII e XVIII e foi exatamente por isto que
resolvi ir até a cidade. Como uma pianista clássica, esta era a minha
oportunidade de conhecer um lugar tão importante para tantos compositores que
passei boa parte da vida estudando/tocando.
Chegamos em Leipzig eram 18:45h e
ainda estava um dia claro, mas por conta do cansaço, compramos alguma coisa
para comer na Estação e fomos direto para o hotel que ficava ali perto. Como
nossa parada em Leipzig também seria de 1 dia, optamos por estar perto da
Estação de trem.
O hotel escolhido foi o MEININGER
Hotel Leipzig Hauptbahnhof que fica a no máximo 300 metros de distância da
região. E pq escolhi ele??? Pq era super colorido, descolado, diferente e a
minha filha ia amar o lugar (e realmente ela amou). O hotel foi totalmente
reformado em 2017, é super confortável e tem atendentes bem atenciosos.
Para quem chega a Leipzig de
trem, a Estação já é um dos principais pontos turísticos da cidade. Possuindo
83460 m, é considerada a maior estação de trem da Europa.
A uma curta caminhada do hotel,
chegamos na Augustusplatz que é a maior praça da cidade, conhecida também por
ser a praça da música, pois abriga duas grandes casas musicais: a Opernhaus
(Casa da Ópera) e a Gewandhaus (casa de Concertos). Também ficam na praça a Mendebrunnen, que é
uma linda fonte, o City-Hochhaus Leipzig, um arranha-céu com 142 metros de
altura e a Universidade de Leipzig que foi fundada em 1409 o que a torna a
segunda universidade mais antiga da Alemanha. Instalações da universidade estão
espalhadas por toda a cidade porém, seu principal prédio fica na Augustusplatz.
Gewandhaus
Universidade de Leipzig
Mendebrunnen City-Hochhaus
Leipzig
Opernhaus
(Casa da Ópera)
Após várias fotos, fomos
caminhando em direção a Nikolaikirche (Igreja de São Nicolau), que ficou famosa
por ter sido o palco do ponto de partida para as manifestações contra o regime
comunista, que conduziu à reunificação da Alemanha em 1989. No fim das missas
era comum ver policiais da Stasi, que não estavam autorizados a invadir a
missa, parados nas ruas para obrigar as pessoas a seguirem para suas casas e
evitar a formação de grupos. Construída no século 12, a Igreja também foi palco
de diversas apresentações de Bach.
Pertinho da Igreja de São
Nicolau, chegamos na Naschmarkt onde encontramos a Altes Rathaus (Antiga
Prefeitura) que hoje é o Museu de História da Cidade, o Alte Borse (antiga
bolsa de valores que foi totalmente destruída durante a Guerra Mundial e
reconstruída anos depois) e a estátua em homenagem a Goeth.
Altes Rathaus (Antiga Prefeitura)
Não muito longe, encontramos mais
um ponto obrigatório de parada o famoso Café Riquet (Kaffeehaus Riquet), que é uma tradicional casa de
cafés. O interessante do local (além dos cafés), são as enormes cabeças de
elefantes que enfeitam a sua fachada.
Voltando um pouco no caminho,
chegamos na Marktplace, considerada a praça mais importante da cidade. Na Markt
place pudemos ver a frente da Altes Rathaus (antiga prefeitura). Quem quiser e
tiver um tempo maior na cidade, li em vários locais que vale muito a pena
visitar o Museu que ocupa o prédio da antiga prefeitura. Entre outros pontos
importantes, é lá que fica o único retrato autêntico de Johann Sebastian Bach
(por Elias Gottlob Haussmann).
Altes Rathaus (Antiga Prefeitura)
Pertinho da Markt, fica a Igreja
de St Thomas (Thomaskirche).
A igreja é famosa por ser onde
Johann Sebastian Bach trabalhou como maestro e por ter os seus restos mortais
enterrados no local. O local era minha parada obrigatória, afinal, tocar Bach
era quase que um terror para a minha vida a cada semestre do piano. Outro fato
é que torna a Igreja importante foi que em 1539 Martin Luther pregou na St.
Thomas.
Após muitas fotos no reduto de
Bach (para ter certeza de que teria pelo menos uma foto perfeita), seguimos com
o nosso passeio em direção a Neus Rathaus que é sede da prefeitura da cidade desde 1905.
Com 114,7 metros a torre da
Prefeitura é um dos marcos de Leipzig e também é a torre de prefeitura mais
alta da Alemanha. É possível visitar a torre de Segunda a Sexta. São apenas 250
degraus para se ter uma vista incrível. Como estávamos na cidade durante o
final de semana, não conseguimos ter o prazer de subir.
Após a paradinha para um almoço
em um restaurante italiano, continuamos o nosso passeio. Faltava pouco para
completarmos nossa lista de principais pontos turísticos.
Seguindo caminho, passamos no Museum
zum Arabischen Coffe Baum que é o café mais antigo da Alemanha (atualmente com
298 anos), e o segundo mais antigo da Europa. O prédio possui 4 andares e neles
estão localizados um bar, um museu e um restaurante. O fato “curioso” deste
café vem dos tempos da República
Democrática Alemã,” no 2° andar do prédio, a Stasi (Polícia Secreta), ficava
escutando a conversa dos clientes. Infelizmente, o café foi fechado em Dezembro
de 2018. O atuais proprietários se aposentaram e resolveram fechar o café.
Com o cansaço já batendo a porta,
fomos caminhando em direção a Augustusplatz. No caminho passamos pela famosa Mädler
Passage uma das
galerias mais importantes da cidade. É um dos mais prestigiados centros
comerciais da cidade. No piso térreo, com boutiques, lojas especializadas,
restaurantes e bares. . Um dos restaurantes imperdíveis desta galeria é o
Auerbachs Keller. Foi neste famoso restaurante que o escritor Goethe
(1749-1832) ouviu pela primeira vez a lenda de Fausto, e que virou sua peça
mais famosa. Eu confesso que não achei a galeria estas coisas todas não e o
tapete roxo contrastando com o local centenário causou cansaço na vista.
Chegando na Augustusplatz,
pegamos o tram rumo ao Völkerschlachtdenkmal ou o Monumento à Batalha das
Nações. É um dos monumentos históricos mais famosos da Europa e foi inaugurado
em 1913 por conta do centenário
aniversário da Batalha das Nações que foi perto de Leipzig. O local é magnífico
e possui um grande lago que no inverno vira uma gigante pista de patinação. A
plataforma de observação fica há mais de 90 metros de altura e possui uma vista
linda de Leipzig.
Pertinho do Monumento à Batalha,
passamos pela Russiche Kirche foi erguida em 1913 em homenagem aos 130 mil
soldados russos que lutaram pela libertação da Alemanha contra Napoleão.
Logo depois, embarcamos novamente
no tram rumo a Augustusplatz e ao hotel. No dia seguinte de manhã cedo embarcamos rumo a Munique.
Obs: Caso você vá para Leipzig,
um doce típico da cidade é o Leipziger Lerche que são tortinhas de massa podre
com recheio de puro marzipã. Eu confesso que não curti. Achei com gosto de
remédio. Mas... tem quem goste, então indico experimentar.
Nosso roteiro
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