sexta-feira, 5 de julho de 2019

Munique - Parte 1


Saímos de manhã cedo de Leipzig e em pouco mais de 3 horas chegamos em Munique. Era quase hora do almoço, então da Estação Central, deixamos nossas malas no hotel e seguimos em busca do que comer
.
Mas antes, é preciso fazer uma observação extremamente importante: Muitas pessoas (amigos) e muitos blogs, indicam hospedagem perto da Estação Central de Trem. Realmente a gama de hotéis na região é realmente muito boa e os preços são interessantes em relação a outros cantos da cidade, mas não confie nos amigos como eu. A região é péssima. Sujo, feio, muita prostituição, boates, narguilê e muitos árabes olhando de forma estranha para você (caso seja mulher). Não teve um dia sequer que eu tenha saído a noite do hotel, tamanho o medo que eu fiquei por mim e pela minha filha. E convenhamos, eu sou carioca e acostumada a violência, por isto posso afirmar que em poucos locais senti tanto medo quanto naquela região de Munique. Então, podendo escolher, não fique nos arredores da Estação.

Nosso passeio começou pela praça Karlsplatz-Stachus, onde tem um dos portais medievais mais conservados da cidade, o Karlstor (portal de Carlos). Do outro lado da calçada, é possível ver o Palácio da Justiça. Na Praça, há uma passagem subterrânea com diversas lojas e restaurantes, além de ser acesso a todas as linhas de trem e metrô.


Palácio da Justiça

Karlstor (portal de Carlos)

Seguindo pela rua Neuhauser (ou pela Kaufinger), você vai encontrar o maior comércio de rua da cidade (na Neuhauser você encontra uma Disney Store que faz a loucura da criançada).


Um pouquinho mais a frente, fica a Igreja de S. Miguel (St. Michaelkirche) que é o maior templo jesuíta da Baviera e onde está o corpo do famoso rei Luis II (responsável pela construção de diversos castelos na Baviera, inclusive o Neuschwanstein).




Mais adiante você irá se deparar com mais uma igreja, de torres altas e cúpulas esverdeadas, um dos grandes símbolos da cidade – a Frauenkirche (igreja das mulheres).



Dentro da Frauenkirche, ficam dois destaques, o Mausoléu do Imperador Ludwig IV da Bavária, que está logo na entrada, no lado direito e bem em frente a porta de entrada principal, a “Pegada do Diabo” (Teufelsschritt) que segundo a lenda, diz que o Diabo tinha proibido os arquitetos da igreja de construírem janelas. Fato é que, as janelas existem, mas as colunas foram construídas de tal forma, que ao ficar parada na “Pegada do Diabo” parece que a igreja não tem janelas, pq não dá pra ver nenhuma. (nós rodamos a Igreja inteira atrás da tal pegada e não encontramos. Como uma parte da Igreja estava interditada para obra, creio que a pegada esteja exatamente nesta área).


Andando mais uns 2 minutinhos, encontramos o principal cartão postal da cidade, a Praça Marienplatz que é considerada a praça mais antiga da cidade. É nesta praça que fica que é a sede da prefeitura de Munique, o Neues Rathaus. . Diariamente às 11 h e ao meio dia há um espetáculo na sua torre principal – o Glockenspiel, um conjunto de sinos que tocam e bonecos que se movem durante a música, representando momentos na história da cidade. A “apresentação” dura cerca de 10 minutos. Para quem for no verão, é possível assistir também às 17h.






No centro da praça, fica a Coluna de Maria, uma estátua da Virgem Maria totalmente feita de ouro. Ela foi construída para comemorar o fim da ocupação da Suécia durante a Guerra dos 30 anos. Fotos da Coluna sem uma multidão de gente em volta, só se você acordar cedinho (e foi exatamente o que fizemos no dia seguinte da nossa chegada. As fotos ficam bem mais bonitas e interessantes sem uma multidão de adolescentes sentados pelo chão).


Após algumas fotos, jantamos e fomos para o hotel descansar. Como falei acima, não quis voltar a noite para os arredores da Estação.

domingo, 2 de junho de 2019

Leipzig


Leipzig sempre foi conhecida como um lugar de comércio, e ainda hoje tem grandes feiras e salões de exposições na parte norte da cidade. Hoje, a cidade é um dos destinos turísticos mais importantes da Alemanha Oriental, graças a sua rica herança cultural e musical. Os compositores Bach, Wagner, Schumann e Mendelssohn viveram em Leipzig entre os séculos XVII e XVIII e foi exatamente por isto que resolvi ir até a cidade. Como uma pianista clássica, esta era a minha oportunidade de conhecer um lugar tão importante para tantos compositores que passei boa parte da vida estudando/tocando.

Chegamos em Leipzig eram 18:45h e ainda estava um dia claro, mas por conta do cansaço, compramos alguma coisa para comer na Estação e fomos direto para o hotel que ficava ali perto. Como nossa parada em Leipzig também seria de 1 dia, optamos por estar perto da Estação de trem.

O hotel escolhido foi o MEININGER Hotel Leipzig Hauptbahnhof que fica a no máximo 300 metros de distância da região. E pq escolhi ele??? Pq era super colorido, descolado, diferente e a minha filha ia amar o lugar (e realmente ela amou). O hotel foi totalmente reformado em 2017, é super confortável e tem atendentes bem atenciosos.






Para quem chega a Leipzig de trem, a Estação já é um dos principais pontos turísticos da cidade. Possuindo 83460 m, é considerada a maior estação de trem da Europa.



A uma curta caminhada do hotel, chegamos na Augustusplatz que é a maior praça da cidade, conhecida também por ser a praça da música, pois abriga duas grandes casas musicais: a Opernhaus (Casa da Ópera) e a Gewandhaus (casa de Concertos).  Também ficam na praça a Mendebrunnen, que é uma linda fonte, o City-Hochhaus Leipzig, um arranha-céu com 142 metros de altura e a Universidade de Leipzig que foi fundada em 1409 o que a torna a segunda universidade mais antiga da Alemanha. Instalações da universidade estão espalhadas por toda a cidade porém, seu principal prédio fica na Augustusplatz.

 Gewandhaus

 Universidade de Leipzig

                                     Mendebrunnen                        City-Hochhaus Leipzig

Opernhaus (Casa da Ópera) 

Após várias fotos, fomos caminhando em direção a Nikolaikirche (Igreja de São Nicolau), que ficou famosa por ter sido o palco do ponto de partida para as manifestações contra o regime comunista, que conduziu à reunificação da Alemanha em 1989. No fim das missas era comum ver policiais da Stasi, que não estavam autorizados a invadir a missa, parados nas ruas para obrigar as pessoas a seguirem para suas casas e evitar a formação de grupos. Construída no século 12, a Igreja também foi palco de diversas apresentações de Bach.



Pertinho da Igreja de São Nicolau, chegamos na Naschmarkt onde encontramos a Altes Rathaus (Antiga Prefeitura) que hoje é o Museu de História da Cidade, o Alte Borse (antiga bolsa de valores que foi totalmente destruída durante a Guerra Mundial e reconstruída anos depois) e a estátua em homenagem a Goeth.

 Altes Rathaus (Antiga Prefeitura)

                Estátua em homenagem a Goeth           Alte Borse - antiga bolsa de valores

Não muito longe, encontramos mais um ponto obrigatório de parada o famoso Café Riquet (Kaffeehaus Riquet), que é uma tradicional casa de cafés. O interessante do local (além dos cafés), são as enormes cabeças de elefantes que enfeitam a sua fachada.


Voltando um pouco no caminho, chegamos na Marktplace, considerada a praça mais importante da cidade. Na Markt place pudemos ver a frente da Altes Rathaus (antiga prefeitura). Quem quiser e tiver um tempo maior na cidade, li em vários locais que vale muito a pena visitar o Museu que ocupa o prédio da antiga prefeitura. Entre outros pontos importantes, é lá que fica o único retrato autêntico de Johann Sebastian Bach (por Elias Gottlob Haussmann).



 Altes Rathaus (Antiga Prefeitura)


Pertinho da Markt, fica a Igreja de St Thomas (Thomaskirche). A igreja é famosa por ser onde Johann Sebastian Bach trabalhou como maestro e por ter os seus restos mortais enterrados no local. O local era minha parada obrigatória, afinal, tocar Bach era quase que um terror para a minha vida a cada semestre do piano. Outro fato é que torna a Igreja importante foi que em 1539 Martin Luther pregou na St. Thomas.




Após muitas fotos no reduto de Bach (para ter certeza de que teria pelo menos uma foto perfeita), seguimos com o nosso passeio em direção a Neus Rathaus que é  sede da prefeitura da cidade desde 1905. Com 114,7 metros a torre da Prefeitura é um dos marcos de Leipzig e também é a torre de prefeitura mais alta da Alemanha. É possível visitar a torre de Segunda a Sexta. São apenas 250 degraus para se ter uma vista incrível. Como estávamos na cidade durante o final de semana, não conseguimos ter o prazer de subir.



Após a paradinha para um almoço em um restaurante italiano, continuamos o nosso passeio. Faltava pouco para completarmos nossa lista de principais pontos turísticos.

Seguindo caminho, passamos no Museum zum Arabischen Coffe Baum que é o café mais antigo da Alemanha (atualmente com 298 anos), e o segundo mais antigo da Europa. O prédio possui 4 andares e neles estão localizados um bar, um museu e um restaurante. O fato “curioso” deste café vem dos  tempos da República Democrática Alemã,” no 2° andar do prédio, a Stasi (Polícia Secreta), ficava escutando a conversa dos clientes. Infelizmente, o café foi fechado em Dezembro de 2018. O atuais proprietários se aposentaram e resolveram fechar o café.


Com o cansaço já batendo a porta, fomos caminhando em direção a Augustusplatz. No caminho passamos pela famosa Mädler Passage uma das galerias mais importantes da cidade. É um dos mais prestigiados centros comerciais da cidade. No piso térreo, com boutiques, lojas especializadas, restaurantes e bares. . Um dos restaurantes imperdíveis desta galeria é o Auerbachs Keller. Foi neste famoso restaurante que o escritor Goethe (1749-1832) ouviu pela primeira vez a lenda de Fausto, e que virou sua peça mais famosa. Eu confesso que não achei a galeria estas coisas todas não e o tapete roxo contrastando com o local centenário causou cansaço na vista.




Chegando na Augustusplatz, pegamos o tram rumo ao Völkerschlachtdenkmal ou o Monumento à Batalha das Nações. É um dos monumentos históricos mais famosos da Europa e foi inaugurado em  1913 por conta do centenário aniversário da Batalha das Nações que foi perto de Leipzig. O local é magnífico e possui um grande lago que no inverno vira uma gigante pista de patinação. A plataforma de observação fica há mais de 90 metros de altura e possui uma vista linda de Leipzig.




Pertinho do Monumento à Batalha, passamos pela Russiche Kirche foi erguida em 1913 em homenagem aos 130 mil soldados russos que lutaram pela libertação da Alemanha contra Napoleão.
Logo depois, embarcamos novamente no tram rumo a Augustusplatz e ao hotel. No dia seguinte de manhã cedo embarcamos rumo a Munique.


Obs: Caso você vá para Leipzig, um doce típico da cidade é o Leipziger Lerche que são tortinhas de massa podre com recheio de puro marzipã. Eu confesso que não curti. Achei com gosto de remédio. Mas... tem quem goste, então indico experimentar.





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