terça-feira, 21 de novembro de 2017

Avignon


Como falei anteriormente, usamos Aix como base para conhecer alguns lugares e entre eles, Avignon.

Para se chegar a Avignon, você pode optar pelo trem ou por carro, são apenas 90 km de distância entre as duas cidades. Não cheguei na época a pesquisar se tem a opção ônibus. De trem você pode escolher pelo trem normal que parte de várias estações de Aix. Do centro da cidade, até o centro de Avignon, o percurso demora cerca de 45 min. Já de TVG (o trem rápido), a viagem dura cerca de 17 min. Pela mínima diferença tarifária, eu optaria pelo trem rápido. De TER (trem regional), o bilhete custa 6.70 euros por trecho. Já de TVG, o bilhete custa 8.60 euros o trecho.

Nós optamos por carro. Levamos cerca de 30 minutos até estacionarmos. Como estava tendo um evento de Teatro, a cidade estava lotada e pegamos um pequeno engarrafamento. Mais uma vez, estacionamos nos estacionamentos públicos da cidade. Nossa escolha foi um pertinho do Palácio dos Papas (indicação google maps).


O nome Avignon vem de 500 A.C e seu principal significado é senhor do Rio, por conta do Rio Rhôde que corta a cidade.

Assim que subimos do estacionamento, nos deparamos com o nosso objetivo de conhecer Avignon: Palais des Papes (Palácio dos Papas).




Avignon tem mais de 2 mil anos de história e foi sede do Cristianismo quando virou residência dos Papas no século XIV. O Palácio foi ocupado até 1414, sendo que em 1376 o Papado já tinha retornado a Roma. Os que ficaram em Avignon foram considerados anti papais.

O Palais des Papes é um dos 10 monumentos mais visitados da França e para fazer a visita com calma, são necessárias pouco mais de 2 horas (foi o tempo que levamos).

O Palácio abriga poucas coisas originais da época pq ficou por anos largado, sendo alvo de saques e transformado em prisão.  Após anos de restauração, hoje ele está aberto ao público apesar de ainda estar passando por grandes reformas. Quando visitamos muitas salas estavam em restauração.

A visita é muito interessante e em todas as salas é possível encontrar informações do que funcionava no local e muitas fotos de como era antes da depredação.















Algumas salas, onde é possível encontrar por exemplo, azulejos pintados a mão, não é possível tirar fotos, o que é uma pena, pois foram as salas que achei mais bonitas.

 A visita inclui um áudio guia. Não sei se não tem em português ou se no dia não estava disponível, mas acabamos optando por espanhol.

No final da visita, você acaba chegando no topo do Palais e descobre uma vista muito bonita da cidade e do horizonte.






Do Palais de Papes, fomos em direção a Place de L`Horloge, ali nos deparamos com o Teatro de ópera, o Hôtel de Ville (Prefeitura) e com várias opções de restaurantes, porém não conseguimos sentar em nenhum deles.





A cidade estava absurdamente lotada. Durante cerca de 3 semana de Julho, a cidade recebe o Festival Internacional de Teatro. Todos os espaços da cidade são requisitados para se tornarem palcos: átrios, igrejas, claustros, mas também a garagem ou a caserna dos bombeiros. E junto aos grandes e pequenos espetáculos, o que mais vi em todos os muros, grades e pelo chão, foram panfletos colados por todos os lados. A cidade ficou com uma cara feia e suja.



Por conta do excesso de pessoas circulando, fomos caminhando por entre as ruelas da cidade, em busca de outros pontos bonitos para se ver e um lugar mais calmo para almoçar.
 






Após a parada estratégica para o almoço, caminhamos de volta para o Palais de Papes para visitar a Catedral Notre Dame de Doms, construído na segunda metade do século XII, sendo completamente abandonada por anos. Reconstruída em 1822, sua principal "atração", é o mausoléu do Papa João Paulo XXII que morreu em 1334. A Catedral foi considerada Monumento Histórico em 1840.












Ao lado da Catedral, fica o parque Rocher Des Doms. Um lugar perfeito para uma sombrinha e uma garrafa de água gelada (como estava quente neste dia...).












Do parque,  fizemos uma rápida caminhada até o cartão postal de Avignon: a Ponte Saint Benezet. Você verá apenas a metade da ponte e é isto que a faz tão famosa.

Assim que você entra na bilheteria é possível encontrar um museu contando um pouco da história da ponte que de acordo com historiadores, data do período românico, porém nenhum vestígio foi encontrado. 

Em 1226, a ponte foi praticamente destruída pelas tropas de Louis VIII e mais tarde foi reconstruída, ganhando uma nova capela construída acima da antiga capela que resistiu aos ataques.

Porém, a ponte fica sobre o Rio Rhôde que com sua força, foi causando enormes danos a ponte e os reparos acabaram suspensos em 1668. Com isto, a ponte foi perdendo alguns pedaços e alguns de seus arcos foram levados pela força do Rio, deixando a ponte na metade, como podemos ver hoje.

As fotos tiradas em cima da ponte, ficaram fantásticas e nos dão a visão perfeita da cidade amuralhada e o Palais ao fundo. Vale demais a visita.









Depois da ponte, paramos em algumas lojinhas no caminho para a compra de lembrancinhas (claro) e nos dirigimos ao estacionamento para buscar o carro e voltar para Aix en Provence, nossa base.