terça-feira, 23 de abril de 2019

Berlim - Parte 2


Nosso segundo dia começou com a visita ao Palácio de Reichstag (Parlamento Alemão).

O Reichstag, o prédio que abriga o parlamento alemão (Bundestag), é uma das atrações mais visitadas de Berlim.


O prédio do Reichstag é associado com importantes momentos da história da Alemanha. Extremamente danificado pelo incêndio e durante a Segunda Guerra mundial, o prédio foi restaurado entre 1961 e 1971, porém foi restaurado sem a cúpula que havia sido explodida em 22 de novembro de 1954 para evitar maiores danos no prédio já danificado, uma vez que a cúpula era muito pesada. Porém em 1999, após uma nova restauração, uma nova cúpula de vidro de 23,5 metros de altura sobre a sala do plenário que tem em sua parte interna um caminho em forma de espiral que leva até o topo, foi adicionada.

Nós compramos o ingresso com antecedência pela internet pois queríamos ter a certeza da visita. Como o Parlamento é um dos prédios mais visitados em Berlim, aconselho quem queira, comprar com antecedência. Caso você não queira comprar com tanta antecedência, é necessário fazer um agendamento com no mínimo 2 dias de antecedência. (a visita é gratuita).

Como fazer o agendamento da visita:

Para fazer a reserva no site, acesse este link
(https://visite.bundestag.de/BAPWeb/pages/createBookingRequest.jsf?lang=en) 

e escolha uma das três opções disponíveis; em português tem disponível o “Guided tours followed by a visit to the dome”, contanto que pelo menos 10 pessoas se inscrevam nele.

No caso de um tour guiado ser dispensável, ou de infelizmente não estar disponível por falta de inscritos, você pode se inscrever apenas para a visita à cúpula que inclui um audioguia grátis, com 20 minutos de tour guiado em português (ou em outras línguas a sua escolha).

1. Entre no site e selecione a opção “Visit to the dome”

2. Coloque a quantidade de pessoas do grupo e clique “Next”

3. Digite as letras para a confirmação de segurança e clique em “Next”

4. Selecione o dia no calendário

5. Selecione três opções de horário

Você pode escolher até três opções de data e horário.

Para escolher a primeira opção, clique na data e no horário; para a segunda opção, clique em outra data (ou continue na mesma) e em outro horário; e faça isso para a terceira opção também.

Quando você clicar em uma data e em um horário, ele entra automaticamente como opção, que você pode ver embaixo em “Requested dates and times”; caso queira apagar alguma opção, clique no X do lado direito.

Se quiser modificar as prioridades, é só utilizar as setinhas para mudar a ordem de preferência.

Clique em “Next”.

6. Insira os seus dados de contato

Um número de telefone e e-mail também são obrigatórios (verifique se o e-mail está certinho).

7. Confirma as opções e os dados de contato e aceite os termos de privacidade

Confirme os dados e embaixo de “Privacy policy” clique em “I have read…”.

Clique em “Save Request” (ou em “Edit Request” caso você queira mudar alguma opção ou algum dado).

8. Verifique a sua caixa de e-mails

Depois disso, você receberá um e-mail com dois links. Verifique, portanto, o seu lixo eletrônico.

Você deve clicar no primeiro link enviado por e-mail, para confirmar que requisitou a reserva e criar a lista de visitantes (“You can create your list of visitors by clicking on the following link” é o que vai estar escrito antes do link em questão). Você tem que fazer isso em um prazo limitado de tempo, geralmente não mais do que 48h.

Se você clicar no segundo link, você vai deletar a requisição inteira.

8. Preencha os dados de cada visitante

Você precisará colocar nome e sobrenome e data de nascimento de cada um dos membros do grupo. (pode ser apenas o nome e o último sobrenome).

Confirme e envie os dados em “Submit your request”. Automaticamente você vai receber um e-mail com a confirmação do pedido. Ainda não com a confirmação final.

9. Verifique sua caixa de e-mails novamente

Só depois que checarem o pedido é que você receber outro e-mail com a confirmação da reserva já dizendo o único horário marcado (não mais três opções).

Pode demorar algum tempo para que você receba realmente a confirmação da reserva, a depender do dia que você reservou.

Só depois é que você recebe um e-mail com o título “Your booking confirmation XXX” com dois arquivos em PDF. Um com a lista dos visitantes e outro com uma carta de confirmação e instruções.

10. Imprima a lista de visitantes com o a data marcada

11. Chegue com 15 minutos de antecedência

12. Leve o passaporte. Sem ele você não entra.

Como chegar:

O Bundestag fica entre a Hauptbahnhof (estação central de Berlim) e o Brandenburger Tor; você pode pegar qualquer linha de trem que passe por essas duas estações, a saber: S5, S7, S9 e S75 que param na Hauptbahnhof; ou S1, S2 e S25 que vão para a estação Brandenburger Tor.

Se você estiver de metrô, pode pegar a linha U55, que para na estação Bundestag e deixa você praticamente na frente do Parlamento.

De ônibus, o número 100 deixa você o mais perto possível, na parada de ônibus Reichstag/Bundestag.

Como citei no post anterior, na praça em frente ao nosso hotel, tinha um ponto de ônibus e ali passava o número 100. O ônibus passou exatamente no horário que aparecia no painel eletrônico do ponto e o passe nós compramos com o próprio motorista (tenha dinheiro trocado).

A visita é incrível. A cúpula de vidro e o seu interior são espetaculares!! E o que dizer da vista?? Vale muito a pena dedicar um tempo do dia para fazer esta visita.

Para quem estiver com crianças no carrinho como nós, saibam que nunca imaginei que a Alemanha fosse um País tão kids friendly. Sempre tive a impressão de que encontraria um País “severo”, seco, com ar de autoridade... e encontrei pessoas amáveis, que sem nem ao menos solicitarmos, nos indicavam os elevadores mais próximos e exclusivos para crianças em carrinhos e idosos.










Do Parlamento, fomos novamente andando em direção ao Portão de Brandenburg. As fotos que tiramos no dia anterior não tinham ficado do meu agrado e quis tirar novas fotos. Como também estava mais cedo, conseguimos fotos sem tantos turistas disputando um pedaço do espaço em busca da melhor foto.



Após a sessão de fotos, fomos caminhando em frente na Avenida Unter den Linden, considerada a mais importante de Berlim e também a mais bonita.

Esta avenida possui 1,5 km de extensão e vai do Portão de Brandenburg até a ponte Schlossbrücke (ponte do palácio) ( pertinho da Catedral).

Particularmente não achei esta avenida a mais bonita que vi, pois estava em grande parte, em obras. Mas mesmo assim, fomos percorrendo toda a sua extensão para conhecermos os vários imponentes e importantes prédios que estão ali localizados.

Logo após passarmos pelo famoso Hotel Adlon, encontramos a Embaixada da Rússia e seu imponente prédio.


Continuando a caminhada, do nosso lado esquerdo estava a impressionante biblioteca de Berlim. Considerada uma das mais importantes da Europa e uma das mais importantes bibliotecas de pesquisas acadêmicas em língua alemã ao redor do planeta, só a sua fachada já impressiona.



Ao lado, fica a universidade Humbold e bem em frente fica uma escultura em bronze, em homenagem ao Rei Frederico II da Prússia.


Prédio anexo da Universidade

Enquanto passeávamos passaram vários carrinhos antigos.



Um pouquinho mais a frente, encontramos a famosa Bebelplatz. Esta praça ficou conhecida por conta dos  acontecimentos ocorridos na noite de 10 de maio de 1933, quando foi o cenário de uma grande fogueira na qual foram queimados milhares de livros de alguns autores censurados pelos nazistas, como Karl Marx, Heinrich Heine ou Sigmund Freud.



Na praça há um memorial do artista israelense Micha Ullman que se encontra no chão. Se olhar com atenção, haverá uma placa de vidro, através do qual pode-se ver uma sala subterrânea com estantes de livros vazias. Eu confesso que não consegui ver nada. O vidro estava meio fosco, não sei se embaçado por conta do frio, então pouco se via.



 Ao fundo da praça encontra-se a Catedral St. Hedwig, que foi a primeira igreja católica construída na Prússia após a Reforma Protestante.



Ao lado da entrada para a BebelPlatz, fica o Teatro da Ópera (Staatsoper Unter den Linden  ) que é considerada a mais antiga de Berlim.



Quase em frente ao Staatsoper Unter den Linden , do outro lado da rua, fica o Neue Wache (Nova Casa da Guarda). Construído entre 1816 e 1818 originalmente como casa dos guardas reais e que desde 1931 é um memorial em homenagem às vítimas da guerra.


Seguindo, encontramos o  Prinzessinnen palais (Palácio da Princesa) (o prédio menor ao lado do Palácio do Príncipe), que hoje em dia é chamado de Opernpalais (Palácio da Ópera) e fica entre o Kronprinzenpalais e a Staatsoper Unter den Linden, era um dos palácios da família real Hohenzollern.

O Kronprinzenpalais (Palácio do Príncipe herdeiro), localizado entre o Alte Kommandantur e a Ópera de Berlim, foi originalmente construído em 1663. Totalmente destruído na Segunda Guerra, foi reconstruído em 1968 e servia como casa de hóspedes da cidade de Berlim Oriental. Atualmente o prédio abriga exposições e eventos culturais.

O prédio Alte Kommandantur, logo após a ponte Schlossbrücke do lado esquerdo, originalmente construído em estilo barroco, foi seriamente danificado durante a Segunda Guerra e demolido nos anos 50 pela Alemanha Oriental. Infelizmente quase não conseguimos ver este prédio por conta das obras nas ruas.


Na foto, o último prédio a esquerda é o Alte Kommandantur. O prédio do centro é o Kronprinzen Palais e o prédio menor a direita e o Palácio da Princesa

E por fim, o Zeughaus, localizado em frente ao Alte Kommandantur, é o prédio mais antigo da Unter den Linden, construído entre 1695 e 1706 como arsenal. Este belo e imponente prédio de fachada rosa abriga hoje o Museu Histórico Alemão.


Logo a frente, vimos a imponente Catedral de Berlim construída entre 1894 e 1905. Em 1944, assim como a maioria dos edifícios de Berlim, o templo foi destruído por uma bomba que caiu sobre a cúpula, causando graves danos ao interior. Embora as tarefas de reconstrução tenham começado em 1975, foram longas e caras e terminaram apenas em 2002.


Para visitar a Catedral é preciso pagar 7 euros por pessoa. Pelas fotos que vi na internet, a catedral é belíssima, possui o  maior órgão de tubos da Alemanha, tendo mais de 7.200 tubos, além de abrigar a cripta da família Hohenzollern contendo mais de noventa tumbas e sarcófagos. Caso queiram, é possível subir 270 degraus e ver uma lista deslumbrante da cidade.

Nós não fizemos a visita ao interior da Catedral por achar que não se deve cobrar para visitar um templo religioso, mas isto é uma opinião pessoal mesmo.

Depois de uma curta caminhada, chegamos a Berliner Fernsehturm que é uma torre de radiodifusão de sinal, considerada a construção mais alta da Alemanha. Após cerca de 4 anos de construção, a Fernsehturm foi inaugurada em 03 de outubro de 1969, sendo o orgulho do governo comunista. Após a queda do muro tornou-se um símbolo de Berlim.


A esfera abriga a plataforma panorâmica que fica a 203 metros de altura e um restaurante, o Telecafé, que fica a 207 metros de altura (é possível comer no restaurante que possui uma base giratória).  Há elevadores que levam os visitantes em cerca de 40 segundos da base até a plataforma panorâmica. Do alto, dá para ver a cidade inteira de Berlim (só não vá em dias nublados).

Nós chegamos lá e tinha uma boa fila para fazer a visita. Compramos os ingressos e ficamos esperando cerca de 1 hora para podermos entrar. Esperamos mais uns 15 min e só então nosso número de ingresso foi chamado para subir.

Valor do ingresso: 16,5 euros para adultos (não lembro o valor para crianças).
Não pode entrar com mochilas. Carrinhos de crianças ficam em um espaço reservado. Não sobem.

Apesar do tempo meio nublado, valeu a visita. Existem quadros explicativos mostrando o que é em qual lugar e é possível ver que a cidade é bem plana... me fez lembrar Brasília que vemos até lá longe do horizonte.





 De lá caminhamos até a famosa Alexander Platz, considerada a maior praça de Berlim.



 Muito se foi destruído durante a Segunda Guerra e somente nos anos 60 começou a ser reconstruída, ganhando novos prédios e construções. Em muitos destes prédios pode-se ver o estilo de construção do regime comunista.

Dentre as atrações encontram-se o Urania-Weltzeituhr, um grande relógio que mostra os nomes de diversas cidades do mundo com as suas respectivas horas; a Fonte da Amizade Internacional, uma fonte com 23 metros de diâmetro que foi construída em 1970 durante a remodelação da praça.



Nesta praça encontramos a Saturn onde compramos o chip de celular que precisaríamos usar nos demais dias da viagem (viver só de wi-fi gratuito não dá), a loja de departamentos Galeria Kaufhof e a famosa Primark onde encontramos peças com preços muito interessantes.


De lá, voltamos caminhando em direção a Neptunbrunnen, uma fonte bem bonita em homenagem a Netuno e logo em frente pegamos um ônibus que nos deixou em frente ao hotel.


Nosso roteiro




terça-feira, 16 de abril de 2019

Berlim - Alemanha - Parte 1


Conhecer a Alemanha sempre foi um sonho que considerei muito distante. Não sei pq, mas sempre achei que ir para a Alemanha era uma viagem difícil, onde encontraria um povo antipático, com a língua sendo um grande impasse e um País com uma história pesada que tiraria um pouco a cor do País. 

Ledo engano. Me apaixonei pela Alemanha como nunca imaginei. Voltar para casa, pela primeira vez depois de tantas viagens, foi difícil.

Nosso roteiro começou por Berlim, passou por Dresden, Leipzig, Munique, Rota Romântica, Liechtenstein, Nuremberg e terminou em Frankfurt.

Então, vamos começar a escrever.

O aeroporto de Berlim-Schönefeld é um dos dois aeroportos que atendem a capital da Alemanha, ao lado do Tegel, que fica dentro da cidade. Schönefeld fica distante 22 quilômetros do centro da cidade, mas diferente do Tegel, ele é atendido por uma estação de trem que o conecta às principais estações da cidade, incluindo a estação central, a Hauptbanhof. Chegando em Berlim por Schönefeld é sempre uma boa opção.

Nós chegamos pelo Tegel vindos de uma conexão em Londres.  Infelizmente não há ligações por trens ou metrô a partir daqui. O único jeito de economizar então fica sendo o ônibus.

Nesse aspecto, o aeroporto é bem conectado com a cidade por ônibus que saem aproximadamente a cada 10min. Os pontos ficam do lado de fora dos terminais A e B.

·         TXL JetExpressBus: Paradas em Beusselstraße (S), Hauptbahnhof (S e U) e Alexanderplatz (S e U).

·         X9 JetExpressBus: Jungfernheide (S e U) e Zoologischer Garten (S e U).

·         Ônibus 128: Paradas em Kurt-Schumacher-Platz (U), Franz-Neumann-Platz (U) e Osloer Straße (U).

·         Ônibus 109: Paradas em Jakob-Kaiser-Platz (U), Jungfernheide (S e U) e Zoologischer Garten (S e U).

* Conexões: S significa Trem e U significa Metrô

 Os bilhetes simples custam 2,90€ (válidos para as zonas A e B da cidade) e a viagem até Alexanderplatz, por exemplo, dura pouco mais de 30min, dependendo do trânsito.

Como chegamos a noite, exaustos de uma longa viagem e 5 horas de fuso, optamos pelo táxi que saiu se não me engano por 30 euros.

Em Berlim nos hospedamos no hotel Berlim, na Luetzowplatz 17. É um hotel bem grande. Ocupa todo um quarteirão. Possui quartos grandes e super confortáveis. Achei a localização ótima também. Tinha um ponto de ônibus na praça em frente ao hotel e de lá fizemos todos os passeios sem o menor problema.

Dia 1

Nosso primeiro dia em Berlim foi totalmente a pé. Exaustivo? Com certeza. Faria isto de novo? Não. Mas existiam alguns locais interessantes para se conhecer e que ficavam a uma curta caminhada do hotel, então fomos caminhando para eles e um local foi levando ao outro e a fascinação de estar ali diante das minhas aulas de história, fizeram com que eu demorasse a não mais sentir as pernas.

Saímos do hotel e fomos caminhando em direção ao Bendlerblock. Esse prédio era a sede da Marinha Alemã, mas ele ficou mais conhecido por ter sido o lugar onde Hitler sofreu um atentado em 20 de Julho de 1944, mas saiu ileso.




De lá fomos caminhando em direção a Potsdamer Platz. . É uma praça com prédios modernos e é um dos locais mais movimentados e visitados de Berlim.  Na Potsdamer Platz encontra-se o Sony Center, um complexo com lojas, restaurantes, escritórios, sofisticados flats e cinemas. E é lá também onde acontecem as pré-estréia de filmes, recebendo grandes astros de Hollywood.




Em frente ao  Sony Center no canteiro central da rua Potsdamer Strasse, tem uma Calçada da Fama, nos moldes da de Hollywood, só que com estrelas para celebridades alemãs.




Há também fragmentos do muro de Berlim próximo de uma das entradas do metrô da estação Potsdamer Platz.



Pertinho da Potsdamer Platz encontra-se uma das últimas torres de vigilância que fazia parte do esquema de segurança ao longo do muro de Berlim.   Esta torre que restou nas imediações da Potsdamer Platz é do modelo “BT 6”. O 6 indica a quantidade de blocos de concreto empilhados um sobre o outro para formar o pé da torre. Esta é  a única torre BT 6 que restou e foi considerada patrimônio histórico em 2001.


Após tirar foto do “BT 6”, seguimos caminho em direção ao Bunker Anhalter Bahnhof, Perto de onde funcionava a antiga estação de trens Anhalter Bahnhof, fica um dos bunkers de Hitler, meio escondido atrás de uma fachada de tijolos vermelhos, no bunker hoje funciona o Museu de História de Berlim e o mais legal é que ele pode ser explorado por completo. Nós só tiramos foto. Não quis entrar no Museu por achar que ele seria um passeio forte para uma criança.





Dali, voltamos alguns metros e chegamos  a Topografia do Terror. A sede da Gestapo, a polícia secreta de Hitler não existe mais, ficava ao lado do Ministério da Defesa e nesse local funciona hoje o Museu Topography of Terror. Da sede da Gestapo sobrou apenas as fundações e onde existiam algumas celas e salas secretas. No Topography of terror, existe uma parte do muro intacta e muitas informações históricas, além de um acervo fotográfico enorme.





O lugar é simplesmente incrível. É a história viva ali na nossa frente. O Museu possui muitos quadros com informações e fotos. Dei apenas uma rápida olhada. O local tem um clima bem pesado o que já era esperado visto o horror que os judeus sofreram ali.

Bem em frente ao Topography of terror, vimos um prédio cinza, enorme...  ali funcionou o Ministério da Aviação do Reich, sede da  Luftwaffe comandado pelo Marechal do Reich Hermann Göring. Foi por trás daquelas paredes grossas que muitos dos horrores da guerra foram planejados. A arquitetura do lugar é tipicamente nazista, com linhas retas e sóbrias.


De lá, caminhamos mais um pouco, rumo ao Checkpoint Charlie, que foi o nome dado pelos Aliados ao posto militar mais utilizado para quem queria atravessar a fronteira que separava a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental à época da Guerra Fria. Ali é possível tirar fotos e por mais alguns poucos euros, você pode ter seu passaporte carimbado. Nesta rua também fica um museu  dedicado a história do lugar.

 




Do Checkpoint Charlie, seguimos caminhando em direção a Gendarmenmark, considerada a praça mais bonita de Berlim.

No caminho, passamos pela Bethlehems kirche Platz . Nesta praça existia uma Igreja cuja construção foi concluída em 1737. Esta Igreja foi totalmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial . Em 2012, um projeto internacional de Memórias Urbanas reconstruiu a Igreja apenas com pilares de aço. Ficou uma linda obra.



Chegando a Gendarmenmark encontramos as catedrais gêmeas. uma é a Catedral Francesa e a outra a Catedral alemã. Entre elas fica a Konzerthaus.

De lá fomos tomando nosso caminho de volta ao hotel. Porém, nosso caminho foi repleto de locais perfeitos para se conhecer.

Passamos pela estação Mohrenstraße do metrô. O suntoso prédio de mármore vermelho onde funcionou a Chancelaria do Terceiro Reich não existe mais, foi bombardeado durante a guerra e seu antigo endereço nem é tão divulgado para evitar o culto de neonazistas, mas o que pouca gente sabe é que todo aquele mármore foi usado na reconstrução desta estação.



Caminhando um pouquinho mais, na esquina das ruas Gertrud-Kolmar-Straße com In den Ministergärten, encontramos o Führerbunker – O Bunker de Hitler.  O chamado bunker de Hitler, era um abrigo subterrâneo a 5 metros de profundidade com cerca de trinta salas distribuídas em dois pavimentos. Foi lá que um dos piores ditadores na história da humanidade passou seus últimos dias

Foi no bunker que Hitler se suicidou com um tiro em 30 de abril de 1945. Eva Braun, que foi namorada de Hitler por anos e com quem ele ainda se casou na noite anterior no bunker, também cometeu suicídio ingerindo um cápsula de cianeto. Hoje em dia o que se pode ver é somente um estacionamento e um painel informativo que indica que era ali o bunker de Hitler. Até 2006 antes da Copa do Mundo, nada indicava que ali ficava o bunker. Tudo para evitar que cultuadores de Hitler fizessem do local um templo de contemplação.




Já que estávamos bem pertinho, resolvemos aproveitar e conhecer o Memorial dos Judeus Mortos (Memorial to the Murdered Jews of Europe) que é formado  por 2.711 blocos de concreto de diferentes tamanhos para representar os 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas.



De lá seguimos para o tão falado e famoso Portão de Brandenburg para tirarmos algumas fotos. O Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) é um símbolo histórico da cidade de Berlim, inclusive este portão foi o único que sobrou de outros portões construídos durante o crescimento e expansão da cidade ao longo do tempo. Foi por ele que as tropas napoleônicas invadiram Berlim.


Bem em frente fica o Tiergarten hoje um belo parque com a principal área verde da cidade, e na época, o jardim imperial.





Atravessamos uma parte do Tiergarten e finalmente chegamos ao hotel. Um dia longo com mais de 10 km percorridos, mas que valeram demais.