quinta-feira, 31 de março de 2016

Andorra - Parte 1

E Andorra foi a nossa primeira viagem de final de semana. Todas as outras foram day trips.

Apesar de Andorra ser um micro País localizado entre o sul da França e o norte da Espanha, há muito o que se fazer.

Nossa escolha de ir a Andorra agora, foi a vontade de aproveitar um pouco mais a neve. Por estar a cerca de 200 km de Barcelona, era a escapadinha perfeita para o final de semana.

Existem duas maneiras de se chegar no País: carro ou ônibus.

Nossa primeira opção é sempre o trem, mas neste caso, não seria possível. Como o processo de alugar carro, buscar carro, entregar carro, não estava nos nossos planos por uma questão de logística, optamos pelo ônibus. Existem três empresas que fazem o trajeto Aeroporto Barcelona - Andorra. A Direct Bus, Andorra by Bus e Alsa (sai do terminal de ônibus Barcelona Nord direto para Andorra)..  Por uma simples questão de maior opção de horários que batiam com os horários do trabalho do marido, optamos por ir de Direct Bus.


Apesar dos colegas de trabalho do marido informarem que não era preciso comprar o bilhete com antecedência, preferimos comprar tanto a ida quanto a volta pela internet. Caso vc não queira comprar com antecedência, sugiro chegar cedo no terminal rodoviário, pois o ônibus foi lotado.

Apesar do ônibus sair do aeroporto, ele faz uma parada no terminal rodoviário ao lado da Estação de Barcelona Sants. Saindo pela entrada principal da estação, siga para a sua esquerda, vc logo verá um terminal pequenininho. Bem parecido com o que vemos no Brasil. Caso vc tenha comprado a passagem pela internet, troque o voucher pelo bilhete que dará acesso ao ônibus. A viagem dura cerca de 3 horas. Mas isto vai depender um pouco da vistoria da fronteira. O nosso ônibus foi parado pela Polícia de Fronteira em Andorra e ficamos bom tempo lá. Pediram os documentos de todos os passageiros, nos fizeram perguntas sobre o que estávamos fazendo lá, quantos dias ficaríamos e etc. Depois entrou um cachorro no ônibus em busca de drogas (chamado Caillou para a felicidade completa da biscoitinha que ama cachorro e ama o desenho do Caillou). Depois o Caillou foi cheirar as malas, um dos passageiros foi convidado a se retirar do ônibus para abrir a mala e uns 30 minutos depois fomos liberados.

Seguindo as dicas de alguns blogs, decidimos nos hospedar na capital de Andorra: Andorra La Vella. E por estarmos sem carro, optamos por ficar pelo centro da capital para termos uma boa mobilidade para a Estação de Sky Vallnord, o Spa termal Caldea e alguns passeios para conhecer mais a cidade. O hotel escolhido foi o Centric Atiram Hotel e super indico. A distância dele para o terminal rodoviário que saltamos, fica há uns 10 minutos a pé. Como estávamos com apenas uma mala média de rodinhas, foi bem tranquilo chegar. Além disto, o hotel fica na rua mais movimentada da cidade: a Avinguda Meritxell.. Lotada de lojas de perfumes, eletrônicos, duty free e etc. E esta é a outra atração de Andorra la Vella, sua política fiscal que transforma perfumes, eletrônicos, cigarros, remédios e muito mais com valores bem abaixo dos encontrados na Espanha e França. Outra vantagem de se hospedar neste hotel é o recepcionista português. Super simpático e solícito. Quartos grandes, super limpos, banheiros enormes, café da manhã bem farto. Foi um excelente custo benefício.



Sofá cama transformado em cama para a pequena dormir.



Saímos de Barcelona no ônibus das 18:15h e chegamos em Andorra quase 22 horas (o atraso foi por conta da fronteira). No próprio terminal, tem um centro de informações ao turista e a atendente foi muito solícita nos dando um mapa e indicando o caminho para o hotel. Feito check-in, deixamos a mala no quarto e fomos procurar um Mc Donald`s para comer. Sim... passavam das 22 horas, estava MUITO frio e estávamos exaustos. A cidade em si também não cooperou muito. Quase não tinham pessoas andando pelas ruas... estava tudo muito deserto !! Se fosse em outro lugar, talvez eu ficasse com medo de vagar por aquelas ruas.

No dia seguinte, o primeiro passeio programado era a estação de Vallnord. Nosso objetivo claro que não era esquiar. Era conhecer e brincar com a pequena que se encantou com a neve e hoje viciada em Frozen, adora brincar na neve.

Para chegar em Vallnord, é preciso pegar a telecabina em La Massana. Os ônibus de linha L5 ou L6 deixam exatamente em frente, sendo preciso apenas atravessar a rua. Porém, com medo de perdermos a parada, o marido pediu ao motorista para nos indicar o ponto exato da "telecabina para Pal-Arinsal". Saltamos do ônibus, atravessamos a rua, subimos um lance de escada rolante e já demos de cara com as bilheterias. Apesar de nos ser oferecido o pacote de teleférico mais refeição (comprando nas bilheterias, sai mais barato do que pagar na hora), preferimos pagar somente o teleférico (6 euros ida e volta por pessoa), vai que a pequena não gosta e quer logo embora ??? Com crianças, é um pouco complicado prever suas reações.




Subimos na telecaniba e ... que emoção !!!! Subimos 2250 metros em 10 minutos !! Com uma vista perfeita da cidade de um lado e dos pirineus cobertos de neve do outro.




Chegamos lá em cima e já pude notar a diferença com La Molina. Bem menos tumulto, menos pessoas, muito mais sinalizado, muito mais organizado... Ficamos ali na frente da estação da telecabina por uns bons minutos tirando fotos e fazendo vídeos. Depois fomos até o lugar onde se alugam os equipamentos para alugarmos o trenó da pequena (6 euros). Pertinho dali, fica o local para a compra dos ingressos. Mais uma vez tentamos comprar ingressos para descermos a pista para boias, mas este ano a neve foi fraca e assim como em La Molina, esta atração estava fechado. Pagamos 6 euros e nos contentamos em ficar na pista de trineus subindo e descendo com a pequena. Entre uma descida e outra, aproveitamos a neve fofinha no cantinho da pista para fazermos nosso boneco de neve (que ficou mais para et de neve), fazer bolinhas de neve e catar uns nos outros, deitarmos no chão para tirar foto (rs.....) e etc. Ficamos umas 3 horas por lá até bater a fome e a neve. Realizei a parte dois dos meus sonhos de infância: ver a neve cair... Mas não a neve de La Molina. Vimos MUITA neve caindo !!! Aquela de deixar seu cabelo branquinho !!! Depois de dezenas de fotos e vídeos, a biscoitinha começou a pedir para ir embora. Estava com sono e cansada de tanta bagunça.






 
                           Nosso ET... ops... boneco de neve !




Descemos o teleférico em direção a La Massana e pegamos o ônibus L5 ( o ponto fica em frente a um mercadinho. Quase em frente ao ponto que saltamos na ida). Biscoitinha já estava desmaiada no colo. Fomos para o hotel arrumar as bolsas para curtir as piscinas quentinhas do Caldea, quando descobri que menores de 5 anos não entravam. Fiquei muito chateada, não nego. O Caldea é um SPA termal em formato de igreja de vidro. Lá vc encontra jacuzzis , jatos de água que fazem massagens nos seus pés, costas, vapor para hidratação, saunas, banho turcos e etc. Este SPA é quase que atração turística da cidade e achei completamente absurdo o site deles estar fora do ar e no folder de propaganda do espaço, não conter a informação de que crianças menores de 5 anos não entram. Acabou de marido foi sozinho. Ele disse que poderia fazer um post contanto sobre a experiência, então marido, fica aqui o convite. Como eu não fui e estou revoltada com o lugar, me recuso a fazer propaganda gratuita do SPA.











OBS: Leve suas toalhas, pq senão terão que alugar a parte e só a entrada (por 3 horas) custa 35 euros.
OBS: Evitem o horário pós 16 horas. O pessoal desce da estação de esqui direto para o Caldea e na alta estação, costuma ficar muito cheio.

Quando marido voltou do SPA, saímos para dar uma volta, olhar os perfumes e jantar. A perfumaria mais tradicional da cidade, é a Júlia. Tem lojas por todos os lados. Lí em vários lugares que lá era o local mais em conta para se comprar perfumes. Como via todas as lojas desta marca vazias e as outras com compradores, resolvi pesquisar preços e pelo menos os perfumes que procurei, encontrei mais barato na IF perfumaria. Quanto eu digo mais barato, me refiro a 10 euros mais barato. Pode ser pouco para uns, mas para mim, brasileira, 10 euros corresponde a mais de 40 reais.


 Shopping Illa




Acabamos jantando no Restaurante 120. A fachada dele toda iluminada já chama a atenção de quem passa longe. A comida é bem gostosa, o atendimento ótimo e o melhor, não é caro.





Como já se passavam das 22 horas, fomos para o hotel dormir e nos preparar para o outro dia de passeios.


* Créditos
-> http://www.andorradirectbus.es/
-> http://www.vallnord.com/
-> http://www.caldea.com/


segunda-feira, 28 de março de 2016

Figueres - Day Trip partindo de Barcelona

Figueres fica na Região de Girona, possui cerca de 45 mil habitantes e foi terra natal de Salvador Dalí.

Confesso que nunca fui fã de Dalí e de seu surrealismo, e certamente se estivesse sozinha, não teria colocado esta cidadezinha no meu roteiro. Mas... como estamos morando em Barcelona e marido estava bem empolgado em conhecer Figueres... lá fomos nós.

Vc pode chegar na cidade de trem, carro e ônibus. Como carro por enquanto não é a nossa opção... pesquisamos como chegar de trem e de ônibus.

-> Ônibus : Pela empresa Sagalés, existem vários horários por dia para se ir para Figueres. O tempo de viagem é de cerca de 2 horas 30 minutos. A rodoviária e a estação de trem ficam pertinho uma da outra (em Figueres).

-> Trem (a opção escolhida por nós): Existem dois tipos de trem que ligam a Estação Barcelona Sants até a Estação Figueres que fica perto do centro da cidade: O trem Regional e o trem de média velocidade.  (Existe a estação Figueres-Vilafant, ela fica um pouco mais afastada do centro, cerca de 1,5 km e onde chega o trem bala) .
O trem de média velocidade é operado pela Renfe, custa 32 euros ida e volta e a viagem demora cerca de 1:50h.
Já o trem regional é mais barato, porém demora mais para chegar.

Nós compramos nossa passagem na própria estação Sants, nas máquinas de trem regionais (Rodalies).

Não foi nem um pouco complicado e as máquinas são bem intuitivas. Compramos ida e volta.







A viagem foi bem tranquila e apesar de ser "média velocidade", o trem chegou a 180 km/h !!

Descemos na estação Figueres e em cerca de 15 minutos já estávamos no principal ponto turístico da cidade: o Teatro-Museo-Dalí.



Confesso (de novo), que por ser Domingo, esperava um lugar mais vazio e tranquilo. E pelo contrário, encontramos MUITOSSSS estudantes em excursões escolares.

Nós chegamos pela lateral do Museu e ali já senti que o passeio seria pelo menos impactante. Aquele cúpula de vidro contrastante com um prédio mais "clássico" me chamou a atenção.





O Museu nem é tão grande, mas o que surpreende é que em cada cantinho, vc encontra uma obra de Dalí. São cerca de 4000 obras ... sim... vc leu direito... quatro mil.

Ao entrar no Museu, vc já se impressiona com o "jardim" central e a obra gigantesca que se encontra do outro lado da parede de vidro.





Depois fomos percorrendo seus andares e admirando as obras (algumas MUITO surreais para mim).





Eu não teria coragem de dormir nesta cama. rsssssss....




O Museu era um antigo teatro da cidade, onde Dalí fez suas primeiras exposições. O local foi bombardeado pela guerra civil espanhola e  após um acordo entre Dalí e o prefeito da cidade, o Teatro começou a ser reconstruído em 1960, sendo reinaugurado em 1974 para o público. No Museu também é possível visitar o túmulo do artista que está enterrado no local.


Após umas 2 horas no Museu, fomos visitar o anexo a este "museu principal" : o Dalí Joyas. E nossa... quanta joia linda !!!! Em algumas foram colocados mecanismos que davam movimento as peças... encantadoras.


De lá fomos contornando o Museu e chegamos na parte mais famosa (a parte do Museu que aparece em todas as fotos de postais e internet). Sua fachada vermelha, repleta de pecinhas amarelas (li em um blog que seus formatos são de pães). No seu teto, ovos se intercalam com figuras douradas.



Voltamos caminhando para a frente do Museu (onde tem a bilheteria) e fomos conhecer a Capela Sant Pere. Ali foi o local onde Dalí foi batizado.




Após a visita a Capela, fomos nos perdendo pelas ruazinhas da cidade em busca a casa que foi de Salvador Dalí. Passamos por mais alguns museus (fiquei com vontade de entrar no museu dos brinquedos, mas achei que a pequena poderia surtar de emoção).


 
Como já era "tarde", fomos passeando e seguindo em direção a Estação de trem.












Para quem tiver mais tempo, também é possível conhecer o Castell Sant Ferran que fica a 20 minutos a pé da partir do Teatro-Museu-Dalí. Ele foi construído no século XVIII. Possui 32 hectares e tanques com capacidade para milhões de litros de água. A fortaleza está aberta para a visitação do público em geral.

Eu fiquei com vontade de passar mais um tempinho pela cidade, mas como o objetivo principal era Dalí... foi um passeio bem interessante.

Para informações sobre horário de funcionamento do Museu e preço dos Ingressos: 

http://www.salvador-dali.org/museus/teatre-museu-dali/es_index/