quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Chapada dos Veadeiros - Parte 3

Nosso terceiro dia na Chapada dos Veadeiros, começou cedinho com a visita a Cachoeira São Bento.

Localizada há 8 km de Alto do Paraíso em direção a São Bento, acho que foi a cachoeira mais fácil de percorrer, com uma trilha pequena de apenas 300m, reta e de chão batido.

Quando vc estiver na estrada, verá uma enorme placa indicando Cachoeira São Bento, porém é possível visitar 3 famosas cachoeiras : São Bento, Almécegas I e Almécegas II.

Assim que vc chega no portal de entrada da propriedade, vc opta por qual ou quais cachoeiras quer conhecer. Cada cachoeira custa R$ 10,00 por pessoa. Alguns amigos nos falaram que as trilhas para Almécegas era mais puxada para ir com crianças e uma delas era apenas para a contemplação. Então nosso foco mesmo, ficou por conta da São Bento. Confesso que fiquei meio triste por não ter conhecido Almécegas I e II... mas nosso objetivo (não era o meu até o momento de chegar na cachoeira) era fazer Tirolesa e depois curtir a Cachoeira São Bento.

Como citei acima, nosso primeiro objetivo ao chegarmos, era fazer o "famoso" voo do Gavião.

"O desafio consiste em deslizar sob dois cabos de aço paralelos, tencionados entre a Serra Almécegas com 1265m de altitude e o morro do Mirante da Fazenda São Bento com 1210m de altitude totalizando um desnível de 55m.
A Tirolesa recebeu o nome de “Voo do Gavião” pela quantidade de Gaviões Carcarás existente na área. Tem 850m de extensão a 100m de altura, a 55km/h, considerada uma das maiores e mais bonitas do Brasil."  

Não sei o porque, mas na hora que cheguei lá em cima, um impulso tomou conta de mim e decidi que eu faria a primeira loucura da minha vida. Sim ... nunca em sã consciência,  eu teria coragem de me jogar morro abaixo. E posso contar uma coisa??? Foi a MELHOR experiência da minha vida !!!! Aquela paisagem... aquele silêncio... aquele vento no rosto... aqueles poucos minutinhos me deixaram anestesiada... não senti medo, pavor, pânico... nada... acho que não senti nem a adrenalina da coisa...


O passeio em si (desde a preparação, a chegada até o local do voo em si e a descida), deve ter durado algo em torno de 1 hora e o custou R$ 80,00.



Dali, fomos direto para a tão falada Cachoeira São Bento. Facinha de chegar, linda a primeira vista, mas meio decepcionante no quesito "onde ficar". Imagina vc com criança, mochila, chinelo ou tênis, talvez um lanche e não tem um espacinho para vc deixar suas coisas??? rs....  Acabei largando minha mochila meio longe de mim, na pressa de colocar o celular na capinha a prova de água e sair da frente das pessoas, não fechei a capinha direito e afoguei meu celular.

Tirando o aspecto "onde deixar suas coisas", a cachoeira é excelente ! Com um espaço enorme para nadar, com lugar para os corajosos pularem de cima das pedras e funda... bem funda. Para chegar até a queda, vc pode dar a volta pelo mato, ou pode ir nadando, mas vai precisar de fôlego.


 O único local para se ficar...

Achei esta cachoeira perfeita para as crianças.

A estrutura local é bem boa e conta com restaurante (fica dentro da Pousada), mas o preço é um pouco salgado ( R$ 69,00 por pessoa. Self Service a vontade). Resolvemos comer na cidade e depois partir rumo ao não menos famoso Vale da Lua.







Em 90% das postagens sobre a Chapada dos Veadeiros, pode ter certeza de que pelo menos uma foto do Vale da Lua, estará lá abrilhantando a postagem.

Formado há 600 milhões de anos, ele alterna tons de cinza na superfície e, como foi esculpido pelo Rio São Miguel, ficou com aparência semelhante à das crateras lunares, daí vem o nome do local.

O Vale da Lua fica há uns 22 Km de distância de Alto Paraíso e é preciso atenção para a placa indicativa de entrada para a estrada de terra. É uma placa pequenininha e meio apagada. Quase passamos direto.

Da estrada até a entrada em si para a trilha, são mais 3 Km em uma estrada de terra super tranquila.

O ingresso para entrar custou R$ 15,00 por pessoa e nossa pequena de 4 anos não pagou entrada.

A trilha para o Vale da Lua propriamente dito é super acessível para todos. Se vc seguir as placas corretamente, chegará no topo do Vale onde terá a vista incrível de como se realmente estivesse na lua. É ali que fica a piscina 1 que é apenas para admirar. É proibido tomar banho nela.



Até ali o passeio tinha sido super tranquilo, até aí... pq para acessarmos as piscinas 2 e 3, a descida é feita pelas pedras ou pela trilha lateral que não facilita em nada. Muitas pedras, descida íngreme e totalmente inacessível para crianças pequenas, idosos e deficientes. A minha pequena foi descendo bem devagar e sendo segurada por nós. No caminho de volta, percebi que muitas pessoas pegam a trilha da saída e desemboca direto na piscina 3... a ideia é super válida, mas vc não verá o aspecto "lua"do lugar.

Nós acabamos tomando banho e parando para descansar na piscina 3, com partes rasinhas e excelente para crianças.






Muito cuidado se for na época de chuvas !!! Algumas das crateras da lua se enchem de água e vc acaba sem saber se aquela "poça de água" é uma piscina ou um buraco. Já soube de acidentes gravíssimos ali, principalmente no quesito cair pelas pedras. Atenção redobradas com crianças, ok??

Nosso último dia lá foi dedicado a relaxar no hotel. Pelo nosso roteiro, ainda faltava conhecer a Cachoeira Loquinhas. Mas depois de 3 dias acordando super cedo e voltando tarde para o hotel, não aguentamos mais um dia de programação intensa de trilhas e muito sol.

Certamente, voltaremos em breve !! O fato de morarmos em Brasília e ser perto, dá um estímulo a mais.


* Créditos e Informações

-> Voo do Gavião
http://www.travessia.tur.br/pt-br/pgn.asp?id_pg=95&nivel=2&n1=12




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