sexta-feira, 1 de março de 2019

Cartagena - Parte 1

Como falei nos post`s anteriores, após o Cruzeiro, passamos 5 dias em Cartagena onde queríamos conhecer a cidade e as praias mais afastadas pois de 9 em cada 10 comentários que li na internet, foram enfáticos em avisar de que as praias da cidade eram feias e que para se conhecer as belas e famosas praias perto de Cartagena, era preciso se aventurar em um passeio de barco.
A cidade de Cartagena foi fundada por Pedro de Heredia e foi um dos principais portos na América para o transporte de ouro, prata e escravos.

A parte mais famosa de Cartagena fica dentro das muralhas com extensão de 11 km, construídas com o objetivo de proteger a cidade dos piratas.

Desde que começamos a preparação para a viagem, nos foi dito que o melhor lugar para se hospedar era dentro das muralhas ou nas suas proximidades e não concordei com isto quando cheguei lá, mas isto foi uma opinião particular minha e vou explicando melhor conforme o transcorrer do post. Durante as minhas buscas que incluíam hotéis com piscina e dentro das minhas expectativas de gastos, acabei descartando hotéis dentro da muralha. A grande maioria não possuía piscina e os que possuíam eram hotéis muito sofisticados (caros). Seguindo os conselhos de uma pessoa próxima, fechamos um hotel que ficava cerca de 700 metros da Torre do Relógio que é uma das principais entradas para a cidade amuralhada.

O hotel não foi barato, mas tinha um preço tolerável para o que eu estava encontrando na época e acabei fechando por estes sites famosos de reservas de hotéis. Chegando lá, minha primeira surpresa: a taxa de turismo. Confesso, nunca me preocupei com taxas de turismo pois em todos os lugares que fui na vida (e olha que não foram poucos), sempre paguei no máximo 2 dólares por habitação. Mas não em Cartagena onde fomos extorquidos. Nos cobraram uma taxa de 4000 pesos colombianos por dia/habitação e mais um tal de seguro de 7500 pesos colombianos por pessoa/dia. Utilizando a conversão de hoje, este valor daria algo em torno de 56 dólares. Porém depois de refazerem as contas 3 vezes a ponto de nos chamarem na recepção quando retornamos de um passeio, a continha final ficou em 90 dólares. Sim. NOVENTA DÓLARES em "taxa de turismo". Minha vontade era pegar minha mala e sair do hotel, porém a estadia estava paga desde o Brasil e não ia tomar um prejuízo de praticamente 2 mil reais em hospedagem. Então, muita atenção ao efetuar reservas por lá. 

O hotel em si era bom. Um casarão colonial reformado e que conservou muitas características históricas. O nosso quarto era bem grande, possuía canais de televisão infantis (o que falta em muito hotéis), um banheiro confortável mas pequeno perto da proporção do quarto, porém o cheiro de mofo que tinham os quartos do térreo onde nos hospedamos era algo quase que insuportável. O hotel possui um roof top bem bonitinho, com direito a ofurô e com vista para a cidade amuralhada de um lado e o Castillo de San Filipe do outro. O café da manhã é o auge da simplicidade. Dois tipos de pão (fatiado e bisnaguinha), fatias de mussarela, fatias de presunto, um tipo de suco, algumas frutas, café e leite. Somente uma pessoa para atender a demanda, então por vezes ficamos sentados esperando que as coisas fossem repostas.













Assim que conseguimos deixar nossas malas no quarto e trocarmos de roupa, resolvemos dar uma volta e reconhecer o local. 

Saímos do hotel, atravessamos o parque Centenário que durante o dia é muito bonitinho.... (quando anoitece o parque é fechado).



.... e nos deparamos logo com a Torre do Relógio e suas dezenas de vendedores ambulantes oferecendo de tudo um pouco.




Um pouquinho a direita da entrada para a cidade amuralhada, tinha um posto de atendimento ao turista e passamos por lá para pegarmos mapas e algumas dicas de onde comer, estava tarde e estávamos com fome.

A parte histórica (dentro da muralha), também conhecida como “el corralito de piedra”, possui 13 km de muralhas, 21 baluartes e 7 fortes, além de contar com pitorescas praças públicas e ruelas feitas em pedra. 

Assim que entramos pela porta principal nos deparamos com a Plaza de los Coches. Não sei exatamente o por que deste nome, mas acredito que seja por conta das charretes que ficam por ali a noite oferecendo passeios.


Torre do relógio vista "por trás".



Bem em frente, fica o Portal de los Dulces, que é uma galeria com arcadas cheia de barraquinhas que vendem doces típicos.



Da praça, fomos caminhando em direção a Catedral de Santa Catalina de Alejandría, considerada uma das mais antigas sedes episcopais das Américas. No caminho, passamos pelo que nos indicaram ser a Praça do Papa, mas era tão pequena que não consegui identificar como uma Praça e sim um local onde estava uma escultura em homenagem ao Papa. 


Seguindo a rua, chegamos na Catedral que infelizmente estava fechada.


Quase em frente a Catedral, fica o Parque Bolívar onde encontramos uma estátua de Simón Bolívar. A praça é bem arborizada e o pessoal da cidade costuma passar boas horas sentado nos bancos.



Rodando a praça, fica o Palácio da Inquisição (museu histórico de Cartagena). É possível visitar o museu o conhecer alguns dos artigos utilizados nas torturas. O ingresso custa 20 mil pesos.



Ali pertinho também fica o escritório do concurso Miss Colômbia. Em frente, na calçada, estão expostas fotos de todas as “Señoritas Colombia”.


De acordo com o marido por ali também ficava a casa de Símon Bolívar, mas após rodar todas as possibilidades, não achamos. (Quem quiser tentar conhecer, o endereço é  CL 36, Cartagena.

Continuando a rodar a Praça Bolívar, demos de cara com o Museo del Oro. Inaugurado em 1982 e conta com mais de 700 peças em ouro. Infelizmente, o museu estava fechado para obras.



Bem ao ladinho fica o museu das esmeraldas. É interessante pq conta a história da pedra, de onde ela é extraída... e no final do percurso tem uma lojinha com jóias maravilhosas a venda. É uma visita de uns 20 minutos, mas achei interessante e é gratuita.




Dali, fomos andando em direção a Igreja de San Pedro Claver. São Pedro Calver serviu aos escravos que eram trazidos para Cartagena e seus restos mortais estão no altar da Igreja. Ao lado, fica o convento/museu que retrata a história de São Pedro. Do lado de fora tem uma escultura de Enrique Grau do próprio San Pedro com um escravo.

Também não conseguimos entrar na Igreja neste dia. Estava fechada.



Em frente a Igreja, tem um espaço aberto com várias esculturas de ferro do Museu de Arte Moderna (aberto de segunda à sábado das 7h às 19h. Ingresso adulto 8 mil pesos colombianos). 



Seguindo em frente, demos de cara com a Plaza de la Aduana que é considerada a maior praça de Cartagena. Originalmente funcionava como uma praça de armas. Neste local ficava a Mansão onde o fundador da cidade morou: Pedro de Herédia. Ali também se encontra uma estátua de Cristovão Colombo.


Este prédio branco com bandeiras da Colômbia é a Alcaldía Mayor (Prefeitura)

Dali, caminhamos em direção ao hotel para descansarmos.




Mapa turístico de Cartagena:  http://www.cartagena-indias.com/Lugares/Map/centro-historico.jpg

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