sexta-feira, 10 de agosto de 2012

31 de Julho de 2012

Este sem sombra de dúvidas foi o dia mais importante da minha vida.

Não sei explicar tudo que senti naquele momento ... foi um misto de desespero, medo, angústia, dúvida, felicidade ...

Dia 31 de Julho de 2012 às 23:45h, veio ao mundo o serzinho mais importante da minha vida : GIULIA.




"Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em ‘começar uma família’.

‘Nós estamos fazendo uma pesquisa’, ela diz, meio de brincadeira. ‘Você acha que eu deveria ter um bebê?’

‘Vai mudar a sua vida,’ eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.


‘Eu sei,’ ela diz, ‘nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .’


Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar ‘E se tivesse sido o MEU filho?’ Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar.

Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de ‘Mãe!’ fará com que ela derrube um suflê na sua melhor roupa sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade.

Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê.


Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.


Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald’s se tornará um enorme dilema.

Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro. Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida – não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa.


Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.


Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.
Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez.


Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

‘Você jamais se arrependerá‘, digo finalmente.

Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados.

Este presente abençoado que é ser Mãe."


Autor desconhecido (por mim)







Peço desculpas por não estar retribuindo as visitas e os comentários que tenho recebido. Todos os post que foram ao ar nas últimas duas semanas foram post programados e assim será pelo menos até Setembro, quando espero já estar adaptada a nova vida de esposa, mãe, dona de casa e concurseira.

11 comentários:

Danee disse...

Parabéns e felicidades mil para essa família. Sua filha é linda.
beijocas

Taise Pottier disse...

Parabéns Maitê! a sua princesa Giulia é linda que traga felicidades infinitas ao casal.bjs

Waleska disse...

rsrs por pouco ela não nasce no dia 1º hein?

Muito linda!

Marta disse...

Tetê, ela está linda demais. Realmente é uma sensação única!!! Quando olhamos pela primeira vez é algo inacreditável. Parabéns pela filhota...Miguel manda beijos para a mais nova amiga!!!

Anônimo disse...

Bom, não estou conseguindo deixar um comentário fazendo login no google... mas enfim, o mais importante é a vinda da Giulia! Parabéns pela sua filhinha! Que Deus a abençoe sempre e abençoe também a mãe e o pai que nasceram junto com ela!

Parabéns!

Beijo!

Vanessa Bolzan

Márcia Pimentel disse...

Que princesa! Parabéns!!

disse...

Oi Maitê,
Há pouco tempo estava lendo os posts antigos do meu blog e tinha um comentário seu super lindo, tentando me ajudar, mas ao mesmo tempo dizendo que não podia ajudar muito pq ainda não era mãe... e olha aí... que linda a Giulia!!!
Uma bonequinha, um presente que sem sombra de dúvida abençoará mais ainda a sua vida e a sua família!!!
Desejo muitas felicidades!!!
Beijos!!!
Denise

Thania disse...

Ai Tete chorei litros lendo isso!
Compartilharei!

Bjs

Sandrinha disse...

Oi amiga querida!
Mais uma leonina p/o time de guerreiras,rs.Sem querer... acabei ganhando um presente,rs.... nada como ter um serzinho super especial, filha de uma pessoa que adoro fazendo aniverssário no msm dia que eu!
Na verdade ser mãe, é de uma emoção sem tamanho, ficaríamos eternamente tentando definir e não conseguiríamos.Tenho certeza que é a maior benção de Deus p/ nós!

Vc não tem pq se desculpar, a prioridade sempre vai ser a Giulinha na sua vida.Quem é mãe sabe disso!
Mil beijinhos!!

Pollyanna disse...

Lindo este texto ! Me emocionei bastante ...
Felicidades para você e sua Família.

Carol Celeghin disse...

Adorei o texto, cheguei a chorar pois estou nesta fase em pensar em ter um filho.
Sei que teremos altos e baixos, mas acho que chegou momento de não sermos apenas o marido e eu.
Desejo que sua família seja cada dia mais feliz e que em breve possa trazer alguma novidade sobre a minha.

Beijinhos... Carol Celeghin
http://carolinaericardo.blogspot.com.br