quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Panamá - Parte 2



Nosso Segundo dia começou com o city tour que contratamos. Li em muitos blogs a indicação por fechar um city tour com algum taxista de confiança e com preço fixo. Cheguei a cogitar a possibilidade e peguei alguns indicações de profissionais em outros blogs e/ou grupos de viagem no facebook. Porém, fiquei receosa em relação ao conforto do carro. Entendam, eu queria fechar o serviço daqui do Brasil e por conta de alguns relatos lidos...

“o city tour foi maravilhoso, porém um fato deixou a desejar, o carro não tinha ar condicionado”, 

 “ o city tour foi ótimo, super indico fulaninho, porém o carro era antigo e apertado”...

Achei melhor pagar por algo que fosse mais seguro e que eu pudesse reclamar caso não estivesse adequado as minhas necessidades . Frescura ?? Para 90% das pessoas sim. Mas novamente enfatizo de que eu estava com um bebê que “exigia” ter o carrinho por perto na hora da soneca (mala grande), um ambiente fresco para não ficar irritada, um local com espaço para 2 pessoas, um bebê e a sua bolsa com roupas extras, trocador, fraldas, biscoito, água, suquinho, brinquedos e por aí vai.

Nossa primeira parada foi no Canal do Panamá. 

O Canal é resultado de uma grande obra de engenharia liderada pelos franceses em 1880, mas devido há vários problemas entre eles a alta taxa de mortalidade dos trabalhadores devido a febre amarela e a malária, acabou com a iniciativa. Foi neste momento que os Estados Unidos, dispostos a obter uma maior importância militar e econômica a frente do controle desta passagem entre o Oceano Atlântico e o Pacífico, começou as negociações para obter a permissão necessária para dar continuidade as obras em 1903. A obra foi concluída em Agosto de 1914 e até 31 de Dezembro de 1999 os EUA gerenciaram o Canal que hoje é administrado pela Autoridad del Canal de Panamá (uma repartição governamental autônoma). 


 
O interessante do caminho até se chegar a Miraflores (que fica a cerca de 25 Km do centro)  é ver a influência dos EUA em determinadas regiões. 

O canal opera nos dois sentidos Pacífico- Atlântico e  Atlântico- Pacífico. A travessia por todo o canal, que é composto de três eclusas que funcionam do mesmo modo que a eclusa de Miraflores  ( a mais visitada) e sua travessia  leva cerca de 24 horas. A parte que os visitantes conseguem enxergar através do observatório de Miraflores dura cerca de uma hora.

A travessia dos barcos em si é bem rápida em relação a preparação para a travessia e eu confesso que gostei bastante de ver o funcionamento de toda aquela estrutura.

Por dia, são cerca de 30 navios atravessando o canal e por ano são cerca de 14.000 navios. Caso um navio opte por não pagar para atravessar o canal, ele vai levar em média 2 semanas para fazer o percurso pelo mar.

Paga-se 8 dólares por pessoa pelo pacote completo ( observatório, filme e museu).



Nós ficamos cerca de 2 a 3 horas em Miraflores. Assim que chegamos o maior navio de Cruzeiro que consegue passar pelo Canal, estava ali na nossa frente ... então corremos para chegar no andar mais alto do observatório para ver a passagem e funcionamento das eclusas. 




Foto Google

Quando todo o processo terminou, fomos conhecer o Museu que tem simplesmente 4 andares!!! Não é um museu enorme, mas achei super interessante. O museu conta detalhes da escavação, das peças usadas para cavar, dos principais fatos que atrapalharam a iniciativa inicial de construção... alguns ambientes são mais interativos como um simulador que calcula a quantidade de água no seu corpo (todas as mulheres obtém o mesmo valor e o mesmo acontece para os homens) (rs.....), “túneis” com o chão que simula o pisar na água enquanto vc anda, maquetes que vc pode tocar e experimentar como é abrir as eclusas, um simulador de navio para que vc acompanhe uma passagem no canal como se fosse o capitão do navio, exibição da fauna e flora da região (com uns bichos enormes !!!!!) e por fim, no último andar, toda uma mostra de como está sendo a ampliação do canal que começou em 2007.









O filminho demora cerca de 10 minutos, conta a história da construção do canal e é em 3D. Bem bacaninha também.

Eu gostei demais desta visita !!! O ponto fraco foi ter deixado o carrinho da Giulinha no carro e ter que carregá-la por um longo tempo enquanto ela dormia (rs....).

Da eclusa de Miraflores, nos dirigimos para a Avenida Amador Causeway,  uma calçada de 2km feita com restos da construção do Canal do Panamá, que interligada o continente às ilhas de Naos, Perico e Flamenco que compõe o arquipélago. 


De um lado desta faixa de terra está a entrada do canal e, do outro, o oceano. Esta avenida margeia a entrada do Canal e você pode alugar uma daquelas bicicletas para 2/3 pessoas por 8 dólares a hora e pedalar toda a extensão do calçadão e parar num dos restaurantes temáticos de uma das três ilhas. 
 




Na última ilha (e para mim me pareceu ser a principal) fica o único freeshop da Cidade do Panamá fora do aeroporto. Os preços até que são atrativos. Não me encheram os olhos pelo fato de eu estar indo para os EUA, mas para quem vai só para o Panamá, vale muito a pena em relação ao Brasil. Caso queira comprar algo é necessário mostrar o passaporte. 




No caminho para a Avenida, passamos em frente ao Museu da Biodiversidade (obra do grande arquiteto Frank Gehry), infelizmente a obra ainda não está concluída. Paramos apenas para tirar fotos.



Depois deste breve passeio, foi a hora de conhecermos o Casco Antiguo. Neste dia de City Tour apenas paramos para tirar fotos em frente a Catedral, porém no dia seguinte, retornamos ao local para conhecermos melhor.

O Casco Antiguo abriga várias praças e importantes construções, como o Hotel Central, que por mais de meio século foi o hotel mais importante prédio da cidade e hoje está sendo totalmente reformado. Bem em frente se encontra  a Catedral e sua bucólica praça (Plaza de la Catedral) que até o início do século XX era o centro da capital Panamenha.


 
Pertinho da Plaza de la Catedral é possível visitar as ruínas do Convento de Santo Domingo ou parar para tirar fotos perto do Palácio Presidencial (a área é bem protegida). 

Palácio Presidencial





Outras áreas que merecem destaque são a Plaza Bolívar, que surgiu do que sobrou de um incêndio ocorrido em 1756. Antigamente, a Praça se chamava Plaza de San Francisco por conta da Igreja de São Francisco que fica bem em frente, porém em 1883, em homenagem a Símon Bolívar trocaram o nome da praça que passou a possuir como ponto principal um monumento em homenagem ao “grande libertador da América Latina”. Em frente a Igreja de São Francisco também pudemos admirar o Teatro Nacional. Eu gostaria de ter visitado ele por dentro, pois me fascinei pelas fotos que vi na internet, mas infelizmente quando fomos, ele estava fechado.




Foto Google

 Foto Google

A Plaza de Francia, praça histórica que está sendo totalmente reformada e tem uma bela vista para a cidade nova. Caminhando por esta praça, também encontramos  Las Bóvedas (onde se vê todo o Amador e a parte da Costa Pacifica) e que é um lugar bem bucólico para um passeio. Nesta mesma região fica um restaurante francês bem badalado: Las Bovedas, mas vc pode optar por outras opções de bistrôs e barzinhos .



Mais alguns passinhos e você chega ao Paseo Esteban Huertas, que é o trecho onde se encontra parte da muralha que protegia a cidade de forma mais conservada.
O interessante no Casco Antiguo é a mistura do restaurado com prédios históricos caindo aos pedaços.

Olha o policial na esquina Tem praticamente 1 a cada esquina.






Dica: O Casco Antiguo é bastante tranquilo, bem sinalizado e bem policiado, porém é recomendável que vc não caminhe em direção aos lados do bairro Chorrillo.  Vale muito a pena conhecer tudo caminhando. Só não espere uma grande acessibilidade. A biscoitinha ficou grande parte do tempo no carrinho e as calçadas são altas, então em alguns trechos foi um pouco mais complicado para atravessar.

Dica 2: Não deixe de provar o sorvete artesanal francês da Gran clément que fica na Avenida Central y Calle 3ª. A casa oferece sabores tradicionais alguns bem exóticos. (http://granclement.com/)


Curiosidade – o filme 007 (Quantum of Solace) gravou cenas no Casco Viejo e na história a área seria a de uma cidade na Bolívia. A Plaza de Francia se transformou por conta das filmagens e até um chafariz cenográfico foi montado no local.

Terminamos o dia almoçando e fazendo compras no Albrook, mas isto fica para outro dia.

Beijinhos

OBS: Caso seja de interesse, é possível fazer a travessia do canal do Panamá de barco. Divesas empresas fazem este tipo de passeio que pode durar de 3 a 12 horas. Na época procurei algumas opções que me foram indicadas.

Panama Canal Tours,
Panama Yacht Tours e a
Canal & Bay Tours

A Canal & Bay Tours por exemplo oferece  a travessia durante 3 horas por 25 dólares por pessoa. 

Outra opção é a travessia de 4:30, que sai por 135 dólares (inclui almoço, lanche e bebidas)


Informações:
Wikipedia


3 comentários:

Marta disse...

Quanta coisa bacana! E biscoitinha tirando um sono gostoso!!! Beijos

Waleska disse...

Mas a Giulinha tá muito chique hein?

Julia disse...

Un sitio increibleLas fotografias trasmiten, son geniales. Felicidades por tu bloc ha sido todo un regalo el visitarlo, espero que visites el mio y si te gusta espero que te hagas seguidora.
Elracodeldetall.blogspot.com