terça-feira, 23 de agosto de 2011

Paris - Parte 5

Nosso último dia em Paris foi totalmente dedicado ao Palácio de Versailles.


Claro que muitas coisas ficaram para ser vistas e lógico que um dia voltarei para ver tudo que não vi (e também para rever o que conheci e quem sabe mudar um pouco a minha visão meio negativa de Paris), porém um dos lugares que bati o pé e que não deixaria de conhecer, seria o Palácio de Versailles.

Você tem três opções para ir a Versailles de trem:

1) Da estação ferroviária Paris Montparnasse até a estação Versailles Chantiers.

2) Da estação Paris Saint Lazare até a estação de Versailles que se chama Versailles Rive Droite.

3) Das estações do metrô onde passa o RER C, o trem de periferia que circula também no interior da cidade. O RER C para em duas estações de Versailles, Versailles Chantiers e Versailles Rive Gauche.

A estação de Versailles mais próxima do castelo é Versailles Rive Gauche.

Como o nosso hotel ficava a menos de 500 metros da estação de metrô de Montparnasse, pegamos o metrô e saltamos na estação onde poderíamos pegar a transferência para o RER C.

Dentro da própria estação de metrô tem uma bilheteria para se comprar o passe do RER C. No guichê basta dizer Chateau Versailles.

Uma informação que eu peguei na internet e que não é mais válida é a de que você compra este o passe com direito a ida e volta + entrada do castelo nas estações ferroviárias de Paris, nos guichês onde estiver escrito Transilien. Não sei pq, apesar de estar escrito Transilien, a moça disse que não estava mais vendendo o serviço. Então compramos apenas o bilhete de ida e volta.

Assim que descemos na Estação, uma moça nos informava um local onde poderíamos comprar os ingressos com antecedência e assim evitarmos as enormes filas para a compra do ingresso. Apesar de pagar a mais 2 euros por pessoa pela taxa de transação, compramos os ingressos e lá fomos nós.

Andamos cerca de 15 minutos até chegarmos ao Palácio e confesso de que a cada passo dado, olhando o palácio assim de frente ... nada me chamava a atenção ... parecia tudo tão pequeno ... a única coisa gigante era a fila para a entrada !!!! Uma desorganização frustrante !!!!! A fila para a compra do ingresso em si, era pequena, mas a fila para a entrada ... dava uma 4 voltas gigantes !!!! Tudo debaixo de um sol tórrido ... Levamos quase 2 horas para passar pela vistoria das bolsas e enfim conseguirmos entrar.




Olhem o TAMANHO da fila !!!!!!!

A minha primeira impressão foi péssima !!!! Eram milhares de pessoas se degladiando para ver as salas ... junto com a multidão, ainda tinham as malditas excursões (foi mal gente ... mas eu odeio excursão. Principalmente quando as guias acham que só tem eles por ali e não respeitam os demais turistas). Fora esta quantidade de pessoas, ainda tínhamos que perder a educação e sair na foto dos outros caso nos interessasse olhar com mais atenção algum cômodo do Palácio. Digo isto, pois não a gente mais insuportável do que esta galera com suas máquina profissionais. Estas pessoas conseguem tirar 50 fotos de cada ângulo e não param para pensar que outras pessoas querem tirar suas fotos e apreciar o local. Infelizmente por várias vezes tive que dar uma de mal educada e me enfiar na frente ... imaginem se eu fosse esperar todas as milhares de máquinas profissionais em casa cômodo ??? Não tinha saído de lá até agora.

"Poucas" pessoas na minha frente (rs.....). Foi pior do que ver a Monalisa.


O Palácio por dentro é lindo !!! Não pude apreciar tudo com calma e certamente muitas coisas passaram desapercebidas.

O passeio só se tornou um pouco mais agradável quando chegamos as alas onde as excursões são proibidas de entrar (sim meninas ... as excursões não tem direito a entrar em boa parte do museu e também não visitam os jardins ... o que alivia e muito a quantidade exorbitante de pessoas por metro quadrado).







Um pouco da história do Palácio:

Em meio as doenças e desordens da tumultuada Paris do séc. XVII o rei Luís XIV teve uma ideia: Levar toda a corte francesa para um lugar calmo vilarejo rural longe de possíveis revoltas e lá construir um dos mais luxuosos complexos de palácios do mundo: Versalhes. Que se tornou o "playground" de mais de 6000 cortesãos longe da pobreza e miséria que assolavam a França. Um palácio adequado ao "Rei Sol" cujo o ego e a auto glorificação chegavam a ser muito maiores que esse magnífico lugar.




Esse enorme complexos de jardins e palácios localizados na cidade de mesmo nome conta com 700 quartos, 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. Sendo sem dúvida a construção mais luxuosa da França, atraindo mais de oito milhões de turistas por ano.

Projetado pelo arquiteto Louis Le Vau e o paisagista André le Nôtre, Versalhes abrigaria a família real oficialmente em 1682 e serviria como o centro político da França até 1789, quando ela foi obrigada a voltar para Paris.

Foram necessários mais de 30.000 trabalhadores e tanto dinheiro que a construção de Versalhes praticamente esvaziou os cofres da França.

O ambiente do palácio principal era extremamente rígido e os reis eram assistidos por muitas pessoas em diversas atividades do dia como nas refeições. Por isso foram criados pequenos palácios adjacentes chamados "follies" onde os cortesãos poderiam se divertir e passar o tempo de forma descontraída. Dois "pequenos" palácios foram construídos nos jardins. O Grand e o Petit Triannon, esse último faz parte de uma área chamada "domaines de Marie Antoniette", que como diz a expressão, era uma área dos jardins de propriedade da rainha Maria Antonieta.

Entre as follies dos domínios de Antonieta, está uma pequena vila camponesa, construída a mando de dela que conta a história, mandou construí-la em um "dia de tédio". Nesse falso vilarejo realista com casas simples, animais de fazenda e até um moinho de vento, Maria Antonieta passava horas a se divertir.

A visita de Versailles se divide em três partes: o castelo e seus jardins, o Petit trianon e o Domaine de Marie Antoinette.

O castelo e seus jardins =>Espaços principais

As capelas de Versailles

Um dos mais curiosos aspectos de Versalhes é a sua sucessão de capelas. No reinado de Luís XIV, Versalhes viu não menos de cinco capelas, uma substituindo a outra, até chegarmos na capela atual que hoje é utilizada para concertos.




Grands Apartaments

Os "Grands Apartaments" são 14 luxuosos salões dedicados aos deuses gregos, e os principais aposentos do palácio. Que são decorados com murais, esculturas, cortinas de veludo e mármore tingido. Em meio a tantos quartos se destacam o Salão de Apolo, onde ficava o trono real, os Aposentos do Rei e da Rainha e o Salão dos Relógios, onde o compositor Wolfgang Amadeus Mozart se apresentou com 7 anos.



Quarto da Rainha

É aqui que as rainhas francesas davam à luz a seus filhos frente à uma multidão, que garantia a procedência da criança! E foi da porta que está atrás da cama que Maria Antonieta escapou quando a multidão invadiu o palácio em 1789.



Quarto da Coroação

leva este nome em razão do quadro de David que se encontra em uma de suas paredes. Napoleão tinha gostado tanto do quadro que o pintor havia realizado de sua coroação, que está no Louvre, que encomendou uma “cópia”.

Sala dos Espelhos

Os espelhos eram objetos caríssimos naqueles tempos, alguns demandavam até 5.000 horas de trabalho. Diz a lenda que o dito dos sete anos de azar quando se quebra um espelho vem da sala de Versalhes. Porque quando um empregado rompia um espelho deste local, ficava 7 anos sem salário para pagar pela reparação!





Outras salas:








Jardins

Os jardins de Versailles foram desenvolvidos ao longo da evolução do castelo, mas é considerado uma obra de arte de André Le Nôtre, que começou a trabalhar nesse projeto a partir de 1661.

O lugar é imenso (cerca de 3km em seu eixo maior). Então se prepare para andar (coisa que naquele momento eu já não conseguia fazer ...) Tivemos que parar várias vezes para descansar e demorei bastante no almoço (que na verdade foi um lanche !!! As coisas lá dentro são muito caras então optamos por fazer um lanche e jantarmos quando voltássemos para Paris).

À esquerda, ao sair do palácio, fica a L'Orangerie cujos desenhos geométricos podem ser apreciados a partir de um belvedere.





No outro extremo fica a bela Fonte de Netuno.



Neste alinhamento central fica a Fonte de Latone onde se tem uma bela vista do 'Caminho Real' (Tapis Vert) e do Grande Canal. O Caminho Real é uma extensa alameda gramada no centro e ladeada por esculturas e vasos. Tem 335 metros de extensão e 40 metros de largura. Já o Grande Canal alinha-se a esse eixo e tem 1670 metros de comprimento. Construído em 11 anos servia para espetáculos náuticos com réplicas de embarcações e gôndolas trazidas de Veneza.



Em resumo, logo na entrada para os jardins pegue seu mapinha e se perca por entre as flores, árvores, lagos e fontes ... muitasssss fontes. Se possível fique até o final do dia (17hs) para ver o Espetáculo das Águas quando todas as fontes do jardim são ligadas. Na alta temporada este espetáculo acontece todos os dias.

















Petit Trianon e Domínios da Rainha

O Petit Trianon e o Hameau de la Reine, são os denominados Domínios de Maria Antonieta.

O Petit Trianon foi construído por Louis XV para sua primeira amante, Madame Pompadour. Mas como ela morreu antes de ver a obra concluída, quem acabou usufruindo do local foi a Madame Du Barry (outra amante).

Quando Louis XV estava em seu leito de morte, Du Barry foi exilada da corte e consequentemente do Trianon. Alguns anos mais tarde, Louis XVI presenteou a propriedade a Maria Antonieta que a redecorou e remodelou os jardins – com extensos gastos públicos em uma já muito deficitária França. O Trianon e o Hameau se tornaram locais onde ela pudesse buscar um refúgio para os engessados protocolos de Versalhes, um local afastado dos burburinhos e tumulto do castelo principal.




Ele está totalmente restaurado como se fosse a época em que Maria Antonieta morava lá, e diferente da sensação do Chateau de Versailles, parece apenas que ela foi dar um passeio e deixou a casa aberta para os visitantes.





O exterior possui um jardim inglês, com características muito mais rústica que os jardins de Versailles. Já o Hameau era um local onde a rainha e seus filhos entravam em contato com a natureza. Sua construção foi muito criticada, porque representavam gastos excessivos, quando a França já não podia mais gastar. Esse tipo de gasto, visto como algo comum pela corte e algo desnecessário pelo povo, que contribuiu para arruinar não só a imagem de Maria Antonieta, mas de toda a realeza, frente ao seu povo. O local é como se fosse uma vila, possui pequenas casas em estilo normando, a casa da rainha, leitaria, queijaria e outros do gênero, hortas, videiras, pequenos jardins e animais. É tudo muito bonitinho e um local perfeito para dias ensolarados. Para chegar até lá, você pode passar pelos jardins de Versailles ou você pode fazer um percurso por fora do Castelo.




Após passarmos o dia inteiro no Palácio de Versailles e já de volta a Paris, resolvemos terminar o dia dando uma volta nos Jardins de Luxembourg já que ele ficava a uns 5 minutos a pé do nosso hotel.

O jardim de Luxembourg é um dos mais bonitos jardins de Paris. Situado entre o boulevard Saint Michel, a rua Vaugirard, a rua Notre Dame des Champs e ao lado do Palais du Senat. São 22 hectares de canteiros floridos, árvores, lagos, espaços lúdicos para as crianças, praça de esporte para adultos. O jardim possui recantos calmos, com cadeiros para repouso ou leitura, áreas mais animadas para famílias e crianças, algumas lanchonetes para refeições rápidas.








Na volta para o hotel, acabamos passando bem em frente ao Panthéon, que foi edificado em 1764. Construido na época do rei Louis XV. Inicialmente uma igreja dedicada a Saint Geneviéve, mais tarde o monumento se transformou em túmulo/homenagem aos grandes homens francesas. Voltaire, Rousseau, Alexandre Dumas são alguns dos personagens enterrados ali. O Pantheon se encontra no Quartier Latin, próximo ao Jardin du Luxembourg, na Place Pantheon – metro Luxembourg.

Foto arquivo pessoal




Fotos Google

Infelizmente pelo horário, o Panthéon já estava fechado e não pudemos visitar por dentro.



*Créditos:

http://olhosdamonalisa.blogspot.com

http://turomaquia.com

http://pt.wikipedia.org

http://viajenajanela.wordpress.com/



5 comentários:

Danee disse...

Eu também ODEIO excurssões, se for de japoneses então. Como são mal educados.
beijocas

Musa Magalhães disse...

Amiga, amei as fotos, os lustres, os jardins, as paisagens, as cortinas... lindo!

Só via as fotos pq estou correndo, só retribuindo os comentários e sem tempo.

Envia e-mail pra mim, pq aí eu respondo e a gente não fica tempo sem falar. :)

Tá tudo bem?

Beijos!

Coisas do Casal (Cynthia) disse...

Flor, impossível não se encantar e sentir saudades de um lugar como Paris, mesmo tendo seus pontoso fracos!

Amei o relato de sua viagem , daqui há um tempo será bem útil!!

Beijos!!

Flávia Shiroma disse...

Que lugares maravilhosos Maitê!
Suas fotos são verdadeiros cartões postais! E que história é aquela de ter um filho em público?!! Uau!!! Imagina isso hoje em dia!!! Graças a Deus existe o exame de DNA!! rsrs
Amei saber mais sobre a sua viagem!!!!!

Um beijo e brigada pelo apoio no meu blog novo!

Marta disse...

Tetê... visitar no inverno tem lá suas vantagens... estava super vazio e vimos tudo super bem!
Só o jardim é que estava tapado de neblina... mas tudo que fomos estava tranquilo.. bem melhor que o verão com certeza...
Mas prefiro o calor do verão!!!
Beijos