terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ilha de Itamaracá

Oi meninas !!!!!!!!

Voltei !!!!!!

Como vocês sabem há pouco tempo atrás fui para Recife e me encantei com as belezas naturais que encontrei naquele lugar.

Quando passei aqui para o blog as minhas dicas, enfatizei o quanto eu tinha ficado maravilhada com a Praia de Itamaracá, vocês lembram ?? Pois bem .... fazendo a minha leitura matinal do jornal O Globo, acabei me deparando com esta reportagem que mostra com muito mais detalhes o quanto é PERFEITO conhecer esta praia.

Como adoro viajar e mostrar para vocês os meus cantinhos preferidos, copiei a matéria para vocês se incentivarem ainda mais a conhecer este lugar tão exótico, lindo e ainda pouco visitado. E é claro que aqui, vocês vão poder ter muito mais informações históricas e culturais do que as informações já passadas por mim. (rs....)


A ciranda de Lia na Ilha de Itamaracá

 Terra da ciranda, de vegetação ainda frondosa com suas mangas especiais, de pelo menos dez deliciosas praias, com águas mansas, quentes e limpas, a Ilha de Itamaracá tem sido relegada ao longo dos anos pelas autoridades, pelas operadoras de turismo e pela própria população. As primeiras não souberam até hoje valorizar os seus encantos, as segundas dão prioridade ao litoral Sul do estado, onde fica Porto de Galinhas, e a terceira dificilmente respeita os sons e a paz da natureza do lugar. Por esse motivo, um conselho: ao sair dos roteiros tradicionais dos visitantes e se dirigir a Itamaracá, que fica perto de Recife e pode ser conhecida num dia, evite a localidade aos domingos, porque ela fica muito tumultuada. Nos outros dias, ela torna-se um refúgio de mar suave, sol, coqueiros e areia fina e branquinha.




A ilha fica a 42 quilômetros de Recife, e é ligada ao continente pela ponte Getúlio Vargas. O acesso, portanto, é tranquilo. Um percurso que dura de 30 e 40 minutos, saindo-se da capital pernambucana. Logo ao chegar ao município de Itamaracá - vencidas a BR-101 Norte e a PE-35 - tome o caminho à direita da primeira rotunda. Você estará seguindo para a praia de Orange, onde fica o Forte de Orange, na frente do qual se situa a ilhota Coroa do Avião.


Se a maré estiver baixa, aproveite logo para pegar um barquinho - pode ser lancha ou mais tradicional, à vela - para fazer a travessia até a ilhota. A viagem custa R$ 7 por pessoa, com direito a ida e volta com hora marcada pelo cliente. Mas lembre-se: se você é daqueles que gostam de praia deserta e silenciosa, escolha um horário entre 7h e 10h, preferencialmente em dia de semana.


A Coroa do Avião é um dos pontos mais visitados da Ilha, e embora seja considerada parte dela, na realidade seu território pertence ao município histórico de Igarassu, separado de Itamaracá por um largo estuário, conhecido popularmente na região como Canal de Santa Cruz. Ganhou o nome porque durante a Segunda Guerra Mundial teria caído lá um avião. A ilhota é ponto de concentração de aves migratórias, e por esse motivo, o bom senso pede silêncio dos frequentadores e dos comerciantes.


Na Coroa, funcionam pelo menos dez bares e restaurantes, que servem água de coco, bebidas e refrigerantes, com uma gama variada de petiscos. No Bar da Nem, por exemplo, eles somam 44 tipos diferentes. A dona, que abomina barulho, afirma que não há música melhor do que a das ondas quebrando na areia. Por esse motivo, seu bar é bastante tranquilo.


Aproveite para saborear um tira-gosto como o filé de agulha, um peixinho do tamanho de uma sardinha, só encontrado nos litorais de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, aparecendo raramente em outros estados. Peça a agulha branca, que é a mais deliciosa. Depois, não deixe de dar um mergulho. Em algumas áreas, a praia é bem rasinha, mas em outras, a rampa de areia é muito íngreme e, de repente, aumenta a profundidade. Mas sempre manso.


Forte Orange, marco da ocupação holandesa, é vigiado por ex-detento na ilha



De volta a Itamaracá, você não pode perder outro programa: visitar o Forte de Orange, a fortaleza histórica erguida à beira-mar que é um dos principais marcos da ocupação holandesa no Brasil. Ele se mantém em pé apesar dos longos anos de abandono, do roubo de alguns dos seus canhões - ainda restam alguns - e da depredação.



O nome é uma homenagem à Casa de Orange, que governava os Países Baixos na invasão holandesa ao Nordeste. O Forte foi construído em 1631, e quatro anos depois, chegou a servir de prisão de frades portugueses que lutavam contra a difusão do calvinismo no Brasil pelos holandeses. Após 1654, quando Pernambuco foi retomado pelos portugueses, a fortificação passou a se chamar Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá. Mas a nomenclatura que se adota, ainda hoje, é a flamenga. Ele é muito cantado por repentistas que ganham a vida se apresentando com suas violas nas praias da ilha.



Orange passou por quatro restaurações, em 1696, 1777, 1817 e 1973, mas só começou a ser sistematicamente cuidado graças a um artesão e ex-presidiário. José Amaro de Souza Filho cumpriu parte de sua pena por assassinato em um presídio agrícola em Itamaracá - e foi quando ele apaixonou-se pela fortaleza, que elegeu como moradia. Virou "guardião do forte" e passou a usar dinheiro da venda do próprio artesanato, e de seus ex-colegas de prisão, para a manutenção da edificação. Terminou por criar a Fundação Forte de Orange, que hoje administra. Para visitar o monumento, o turista paga R$ 3. É pouco para desfrutar das vivências do passado e observar do alto a bela paisagem que se descortina ao Leste e ao Sul, onde fica o estuário de Santa Cruz. Entre 2002 e 2003, uma pesquisa arqueológica no local encontrou mais de 200 mil fragmentos de louças, material bélico e utensílios de uso pessoal, que vão nortear a restauração do monumento, o mais imponente numa praia pernambucana.


Portanto, lembre-se: Itamaracá não é só praia, bar, ciranda, mar. É também história. E muita história. Afinal, a ilha foi uma das capitanias mais importantes do Brasil Colônia, e seus domínios, com 30 léguas de costa, se estendiam do Canal de Santa Cruz até a Baía da Traição, entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Se você quiser ainda percorrer a história, pode fazer uma trilha do Forte até Vila Velha. Foi ali que funcionou um dos primeiros focos de colonização portuguesa, que teria sido implantado na Vila por volta de 1516. Não é à toa, portanto, que a vila abrigue a segunda igreja mais antiga do país, a de Nossa Senhora da Conceição, datada do século XVI. Ela fica a 17 quilômetros da sede da ilha, mas há trilhas que levam até lá via Forte de Orange, ou saindo de um outro local turístico, a Lagoa Azul. Em Vila Velha, há bons restaurantes de comida à base de frutos do mar, como o Telhadão, de cujo quintal avista-se a Coroa do Avião, a praia de Maria Farinha e o Canal de Santa Cruz.

A doçura marinha do peixe-boi ameaçada de extinção




Ao lado do Forte Orange, o Centro de Mamíferos Aquáticos do Ibama conta uma história de final feliz de como um dos animais mais dóceis do mundo e, por isso, mais ameaçados, livrou-se do risco de desaparecer: o peixe-boi marinho. A entrada é gratuita, de terça-feira a domingo.


Nos oceanários da instituição, os visitantes podem observar de perto o animal, que não é mais caçado no Nordeste. No Centro, também há o cinema em forma de peixe-boi gigante onde, em quinze minutos, se aprende tudo sobre a preservação do animal, e uma exposição relatando a vida e as dificuldades de sobrevivência do peixe-boi, das baleias e dos golfinhos.


O peixe-boi era fonte de alimento, óleo e combustível para iluminação das comunidades do litoral do Nordeste. Hoje, as ameaças ao animal são a destruição dos manguezais e o assoreamento dos locais de descanso, reprodução e alimentação.


Trilhas de Mata Atlântica levam à Lagoa Azul, recanto disputado por turistas

Como se não bastassem a história e suas praias - Orange, Sossego, Enseada dos Golfinhos, Forno de Cal, Pilar, Jaguaribe e Pontal - Itamaracá ainda preserva resquícios de Mata Atlântica em trilhas que levam a Vila Velha ou à Lagoa Azul, outro recanto muito disputado pelos turistas. O caminho é feito no meio a plantas que se cruzam nas suas copas, formando túneis de vegetação fechada em alguns trechos. São bambuzais, cajueiros, mangueiras, oitizeiros e extensões imensas de coqueiros. A Lagoa Azul é um espelho d'água com três nascentes. Fica entre colinas e até pouco tempo atrás era um lugar inexplorado. Agora tem bar, restaurante, e oferece opções de passeio como tirolesa, caiaques e pedalinhos.


As frutas são abundantes, principalmente a manga primavera, ou vila velha, que só há na ilha. Pequena e saborosa, segundo uma lenda, teria surgido no túmulo de uma filha de um senhor de engenho impedida de se casar com um soldado pobre, que plantou a semente da árvore ao voltar da guerra contra os holandeses. Perfumadas e carnudas, são vendidas à beira das estradas, ao lado de compotas caseiras e passas de caju.


Nas noites de sábado na praia de Jaguaribe, a 'ciranda de Lia'



Além de monumentos históricos e praias, reserve uma noite de sábado para ir até a praia de Jaguaribe, onde tem ciranda. A cirandeira Lia - "Essa ciranda quem me deu foi Lia, que mora na ilha de Itamaracá" - movimenta as rodas da dança praieira todos os sábados. Às vezes, leva convidados. A ciranda, segundo Lia, segue os movimentos das ondas do mar.


SERVIÇO



COMO CHEGAR


De carro: Itamaracá fica a 42 quilômetros de Recife e é ligada ao continente por vias asfaltadas. Saindo de Recife, pegue a BR-101 Norte e em seguida, a PE-35. De táxi, a corrida, pela tabela, custa R$ 80, com uma hora de espera. A cada hora adicional são cobrados mais R$ 11,50. É melhor acertar um preço fixo incluindo a diária e a corrida, normalmente em torno de R$ 150.

-> Eu fiquei hospedada na Praia da Boa Viagem em Recife e contratei uma empresa de turismo para fazer este passeio. Durou o dia inteiro e custou 40 reais por pessoa. Clique AQUI para obter maiores informações.


PASSEIOS


Coroa do Avião: A travessia de barco custa R$ 7, saindo do lado do Forte Orange (retorno já incluído). Converse com o barqueiro para outros passeios, como mergulhos nas piscinas naturais entre os arrecifes ou até locais históricos. Neste caso, o preço fica entre R$ 25 e R$ 35 por pessoa.


Lagoa Azul: A entrada é gratuita, mas o uso dos brinquedos sai a R$5 cada 15 minutos.


ONDE FICAR


Orange Praia Hotel: Ao lado do Forte de Orange, possui 54 apartamentos, muitos voltados para a beira-mar. Diárias a partir de de R$ 223 a R$ 278, casal. Reservas: (81) 3544-1170, ou pelo e-mail reservas@hotelorange.com.br. http://www.hotelorange.com.br/.


* Fonte: http://oglobo.globo.com/viagem/mat/2010/01/19/a-ciranda-de-lia-na-ilha-de-itamaraca-915562856.asp


2 comentários:

Musa Magalhães disse...

Tetê, agora eu quero conhecer!!! Adorei as fotos!!!

Bjos!

aninha disse...

LINDO mesmo o local... esses dias estava lendo uma revista que falava do litoral nordestino e me encantei...
qm sab não passo minha lua de mel lá?
kkk
bjO